O problema de Portugal...
Exceptuando o desemprego e a existência política da srª Ferreira leite, talvez o problema mais grave de Portugal decorra do reconhecimento da contradição entre a racionalidade das teorias económicas que hoje são necessárias para impulsionar o investimento público (arrastando consigo os privados) e a irracionalidade dos comportamentos humanos. Aquele obedece à esfera das necessidades económicas e ao ciclo de desenvolvimento de que Portugal precisa para sair da estagnação em que está; este filia-se no espartilho do ciclo político-eleitoral em que já entrámos - e que tende para a trituração e para o propositado confusionismo de modo a impedir que a retoma desenvolvimentista efectivamente se faça. São, pois, dua lógicas contrapostas:
- O PS tenta investir no paradigma neo-keynesiano e adaptá-lo à especificidade da economia nacional;
- o psd e a oposição - apostam no confusionismo para aumentar o drama social e, assim, capitalizar na troika de eleições que se avizinham. É óbvio que neste jogo de contraposição encontramos os actores políticos clássicos mais os jornais, i.é, a mediacracia de serviço e a blogosfera que também não é inocente nem ingénua. Para os dois lados, bem entendido.
Hoje todos somos artistas. Hoje todos juramos que sabemos fazer quadraturas do círculo, ainda que nem sequer saibamos fazer uma conta de dividir sem auxílio da máquina.
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