sexta-feira

Simetrias - por Jorge Ferreira - do Tomar Partido -

SIMETRIAS, por Jorge Ferreira do Tomar Partido:
O que dira o PSD, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Cavaco Silva, se o que se passa na Madeira se passasse nos Açores, em que por causa de uns artigos do Estatuto, Cavaco Silva parou o país durante um dia para uma comunicação ao jantar?
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Obs: Digamos que o sr. prof. cavaco e Silva, como diz o zé-povinho, goza duma conjuntivite ambivalente que o tolhe na visão e análise dos problemas das ilhas.
Vejamos: quando o tema versa poderes constitucionais do PR e Açores, logo o PS, sua excelência o PR envida esforços activos e com elevada ressonância social a fim de facilitar a vidinha política à Manela Ferreira leite, sua protegida, assumindo o braço-de-ferro à Sandokan com o grupo parlamentar do PS relativamente ao Estatuto dos Açores; quando as travessuras constitucionais emanam da ilha de Alberto (através do presidente da ALM ao impedir a entrada do "deputado-pateta" do PND no hemiciclo local - o PR já não faz discursos ao jantar, mas manda emissários à República das bananas do Alberto em navios a carvão - que demoram três semanas a chegar e 4 a regressar da ilha.
Talvez isso justifique a sonolência de Belém, pois só hoje sua Exc.ª o PR acordou - para instar, ao de leve, as autoridades albertinas - e tudo o que de anómalo e patológico se passa no quintal do cifão de jardim (há mais de 30 anos), que é tudo menos uma democracia pluralista e um estado de direito.
Isto denota bem a majistratura da ocultação de Belém e a sua lamentável duplicidade (e medo) política na avaliação dos problemas nas duas regiões insulares que integram a República.
Digamos que as "simetrias" são, compulsando o trato (leve) do PR na Madeira com o trato do PR (pesado) nos Açores - são bastantes assimétricas e, por isso, um mau exemplo para o reforço da Democracia e da Liberdade em Portugal.
Contudo, ficámos todos a saber que só a limitação dos poderes constitucionais por modesto Estatuto insular é que justificam uma fuga de informação para o jornaleco da sonae seguido de um discurso ao país a 31 de Julho com os tugas já em plenas vacances.
A patologia política desviante na Madeira é, para cavaco, um bolo-rei para ele comer em privado, assim ninguém nota a chuva de perdigotos que em tempos foi notícia.
Informe-se o sr. PR que os tugas não são parvos, e alguns, como os burros, preferem o pão-de-ló...