segunda-feira

Partida de Rodrigues Maximiano ("Max" para os amigos) e curtas sobre o Notas Solta de António Vitorino -

Um homem culto, técnicamente preparado, corajoso e determinado no combate ao crime. O seu legado ainda será estudado, avaliado e promovido nas academias - civis e de polícia - e na sociedade em geral. Ficamos todos hoje mais pobres... Contudo, fica-nos o exemplo que deveremos todos seguir em prol duma sociedade mais justa e mais segura.
16.03.2008 - 16h04 Lusa
O antigo inspector-geral da Administração Interna e magistrado do Ministério Público de carreira Rodrigues Maximiano morreu esta manhã, aos 61 anos, vítima de cancro. Rodrigues Maximiano, que se jubilou ao serviço da Inspecção-Geral da Administração Interna, chegou a ser, já depois de jubilado, vogal do Conselho Superior do Ministério Público indicado pelo actual ministro da Justiça Alberto Costa.Antes de ocupar o cargo de inspector-geral da Administração Interna, que abandonou antes de terminar o mandato no final de Fevereiro de 2007, participou com Costa Brás na Direcção da Alta Autoridade Contra a Corrupção. Foi ainda membro da equipa do Ministério Público nos casos FP-25, que envolveu Otelo Saraiva de Carvalho, tendo ainda se notabilizado pela sua participação no conhecido processo "Fax de Macau", no julgamento de Carlos Melancia, que chegou a levar à acusação de "corrupção passiva" do mesmo. [...]
_____________________________________
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Curtas sobre o Notas Soltas em vésperas de Páscoa:

1. António Vitorino já teve mais fé em Meneses - diz - do que nos últimos dias em que o psd, a uma seta só, tem gerado muita "borbulagem" no seu seio. Pergunto-me se AV é uma homem crente, ou seja, se acredita mais em Meneses do que os próprios militantes de base!? Só por bondade e altruísmo porque estamos na antecâmara da Páscoa...

2. Sublinhou a carestia de vida, em parte gerada pelo aumento do petróleo. Ou seja, ao pagarmos todos as facturas mais caras ficamos todos mais tesos... E com o euro mais apreciado também vendemos menos nos países terceiros à UE.

3. Rui Rio é "perigoso" - asseverou a dona Judite - e AV confirmou, e mais: viu nele uma alma gémea de Sócrates. Também concordamos com esse paralelo, pois sempre apreciei pessoas que cortem a direito, coisa tão boa quanto rara em política. Mas ainda existe. Afinal, Rio no Porto meteu o sr. Pinto da costa, uma fonte de conflito nas estruturas desportivas em Portugal, no sítio dele, que é o da bola, e Socas deu cabo do défice das finanças públicas ao tempo de Durão Barroso e Manela Ferreira Leite, que vivia obsecada com ele. Fica um recado para aqueles autarcas que - servindo-se da bola - escalam o escadote da política.

Enquanto escrevo estas linhas lembro-me de um "paraquedista" político do cds - que depois emigrou para o psd - e hoje é autarca em Sintra - e almeja sê-lo na Capital. À conta da bola, naturalmente... Quer dizer, do Benfica!!! É óbvio que os lisboetas não são parvos, ou só o são quando querem...

4. Uma nota sobre os lastimosos 5 anos da Invasão do Iraque feita por quatro monos da política internacional em fim de ciclo: G.W.Bush, Blair, Aznar e Barroso. Este, como se sabe, foi o mordomo da Cimeira (que, na prática o catapultou para Bruxelas, lugar com que sonhava enquanto era Primeiro-Ministro de Portugal, lugar que depois entregou, "monárquicamente", a Santana Lopes e depois foi o que se viu...), Blair a concubina do Tio americano, Aznar levava as rosas e os bolinhos. Depois caíu em 2004 - quando procurou imputar responsabilidades pelos ataques de Atocha ao terrorismo basco. Resultado: perdeu as eleições porque pretendeu manipular as questões da segurança.

E assim este quarteto politicamente incompetente - falhando nos pressupostos da guerra porque o Iraque nem tinha armas nucleares nem ligações à Al Qaeda, lavraram o terror no Iraque, fazendo daquele país aquilo que ele é hoje: um iman e um centro polarizador de terrorismo, guerra civil e de conflitualidade na região do Médio Oriente. Eis o legado daquele quarteto - que só tem Barroso e Bush hoje no poder. So far...

O que se passará no Iraque após o apuramento dos resultados eleitorais nos EUA é que é a grande questão: se ganharem os democratas, de preferência Obama, a retirada será efectivada e poderá grassar o caos no território; se ganharem os conservadores - essa retirada será mais dilatada no tempo com os efeitos conhecidos pelo tio Bush.

Numa palavra: o resultado das eleições na República Imperial (como lhe chamou Raymond Aron) seria, por si só, suficientemente consistente para meter os republicanos no tapete, que sempre foram adeptos daquela guerra. E a srª Hilária Clinton - que votou os apoios à Guerra do Iraque ab initio - também veria aqui, em resultado da sua posição oficial, o reflexo do seu chumbo certo.

Enfim, Barack Obama tem o caminho aberto para reconstruir a nação americana e depois fazer dela uma superpotência benévola no sistema internacional.