quinta-feira

O poder dos analistas ante os fenómenos sociais

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Ontem o número de vezes que os media falaram e repetiram ad nauseaum na transição do presidente da CGD para o BCP foi gritante. Tal reflecte a pequenez do nosso país, a mediocridade dos jornalistas que temos e também a falta de mundo que o conjunto da sociedade portuguesa espelha. Somos pequenos e só falamos no mesmo, de preferência repetidamente; os jornalistas não têm nem mundo nem imaginação, por isso traduzem uma rigidez na apresentação dos factos que é gritante, depois o Natal também não ajuda: são as mortes na estrada e o jogo da estatística comparativa que comprova o deve e haver dos mortos e dos vivos, no Natal: há quem o passe em família e há quem o passe a encomendar o caixão numa agência funerária. Ao invés dos físicos que podem criar vácuo, e dos químicos que podem estabelecer ambientes estéreis, os economistas, os sociólogos e os politólogos que dominam as ciências sociais vêem-se gregos perante a dificuldade de o seu objecto de estudo estar em permanente transformação. Já agora, ainda é Carlos Santos Ferreira o nome mais falado para a CGD? E será que ele leva o Armando Vara consigo para o banco do velho "jaguar", Jardim Gonçalves, que tudo quis e tudo perde, e que hoje "morre" sem poder e sem glória - que nem um burro manhoso repleto de varizes e às moscas abandonado numa valeta de Beja?