Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
Isabel Vicente
O debate sobre a flexibilidade não deve ser um debate mascarado de flexigurança.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, afirmou hoje à saída de um encontro com os sindicatos da troika que a presidência portuguesa da União Europeia vai procurar encontrar consensos sobre as as matérias que estão em cima da mesa nos próximos seis meses. A flexigurança é um deles. Carvalho da Silva e João Proença, da CGTP e UGT, respectivamente estão apreensivos com a banalização do conceito flexigurança, sobretudo porque esta, em Portugal, pode abrir portas a uma flexibilidade sem segurança nas relações laborais. Vieira da Silva referiu ao Expresso que «a flexibilidade e a segurança devem avançar paralelamente», partilhando com os sindicatos portugueses as preocupações de uma eventual desvirtualidade do conceito.«O debate sobre a flexibilidade não deve ser uma discussção mascarada de flexigurança», remata o ministro Vieira da Silva.(...)
Obs: Desde que existe comunicação através de conceitos também existe desentendimentos, posto que um mesmo conceito pode sempre ser lido através de perspectivas diferentes, por vezes mesmo contraditórias. Tudo depende da nossa cosmovisão e do lado da barricada em que nos encontramos. Nunca me passou pela cabeça ver um dia o Ricardo Salgado (Espírito Santo) descer a Av. de Liberdade de braço dado com Carvalho da Silva da UTG manifestando-se contra a política económica deste (ou doutro governo). Os conceitos são sempre tramados, e de tramados que são por vezes tramam-nos. É a vida, como diria Guterres... Seja como for, o Macro deseja a melhor sorte à presidência portuguesa da UE.
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