terça-feira

Guerra analítica, sintética e paralítica: a guerra (global) das informações

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Nota prévia:
Desde que Miguel Sousa Tavares veio atacar - artificialmente e de forma generalizada - a blogosfera tomando a andorinha pela Primavera - e depois o blog que supostamente o acusou de plágio reconverteu-se ao elogio bacoco (alguns pensam tratar-se duma jogada de marketing préviamente concertada, pobre, pobrezinha..., até porque o autor não precisa) - os "Cinco Lados" nos EUA montam um dispositivo anti-guerra para proteger a América de G.W. Bush das manipulações informativas do Iraque para penalizar a República Imperial... E agora nem os blogues escapam.... Eles que se cuidem na América, pois por Portugal já começaram a ser fulminados nas páginas do Expresso. Chama-se a isto guerra das (des)informações, ou seja, o Pentágono descobriu (a pólvora), doravante a guerra será feita através da antiguerra, e esta baseia-se na produção de informação e contra-informação que ora pretende combater as heresias que sopram do Iraque. Por cá algumas dessas guerrinhas de alecrim e manjerona já começaram a disparar contra alguma blogosfera anónima (sem escrúpulos, injuriosa e sem qualidade, e aqui, e só aqui, até concordamos), mas o que na realidade sucede, creio, é que há mais guerras imaginadas do que travadas. Se bem que as guerras do passado afectem as nossas vidas actuais e ainda façam derramar muito sangue pelas nossas memórias. Afinal, somos uma continuidade - na paz e na guerra - entre as nações... Mas quando se generaliza caimos do "cavalo" e perdemos toda a razão. Ainda há dias demonstrámos - sustentadamente - como o Miguel se defendeu mal, e o que nos faz falta, creio, é que as emoções não colonizem as racionalizações, sob pena de andarmos todos à estalada por causa dum blog anónimo (ou dum camelot) - que, por extensão, também nos atrofia a capacidade de entendimento do relacionamento entre a guerra e uma sociedade em rápida mudança. Se bem que uma revolução na forma de fazer a guerra também exige - de todos nós - uma revolução na feitura da paz. Parece que a história não muda, porque imutável é a condição humana. Logo, si vis pacem, para bellum...

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[in Sol]

Iraque Pentágono declara guerra noticiosa Os Estados Unidos vão lançar um serviço noticioso para contra-atacar e desmentir informações «incorrectas» sobre a guerra no Iraque. A nova unidade do Pentágono responderá até a blogues "O anúncio segue-se a declarações de Dick Cheney e Donald Rumsfeld, que consideram que os Estados Unidos estão a perder a guerra da propaganda. A nova unidade do Pentágono vai monitorizar blogues, sites, rádios e canais de televisão para ripostar e responder à divulgação de notícias que a Casa Branca considera «incorrectas» sobre a guerra no Iraque.

O objectivo é contra-atacar com informação durante qualquer altura do dia, de forma imediata. Para tal, jornalistas, analistas e especialistas de comunicação vão integrar a equipa.
A iniciativa surge uma semana antes das eleições para o congresso norte-americano, mas Eric Ruff, assessor de imprensa do Pentágono, declarou á BBC não haver qualquer estratégia eleitoral por trás do projecto.
Já no contrário, Washington acredita. Dick Cheney, vice-presidente dos Estados Unidos, vê uma relação entre a revolta armada e mediática no Iraque e as eleições da próxima semana. E alerta para uma ofensiva na Internet -: «Acredito que os insurgentes estão sensiblizados para o facto de termos eleições à porta e de poderem aceder a websites como qualquer pessoa. Eles estão on-line o tempo todo e são utilizadores muito sofisticados», declarou Cheney à Fox, no passado domingo.
Também recentemente, Donald Rumsfeld mostrou-se preocupado com o sucesso dos rebeldes em «manipular os media». «É isso que me tira o sono à noite», afirmou Rumsfeld. No terreno, os norte-americanos perderam em Outubro mais de uma centena de militares. Este mês é já o mais sangrento desde o início da invasão do Iraque."
PS:
Enfim, se pensavam que o MST - que é um jornalista, um repórter e um homem estruturado que aprecio, tem garra e não abana a cauda (mas, claro, não é deus e quando fala daquilo que desconhece sai babuseira, naturalmente!!!) - estava sózinho, agora tem a companhia dos seus "amigos" americanos: - G.W. Bush, Dick e Rumsfel. Nem de propósito... Esperemos que não faça mais um artigo a chamadar "cibercobardes" aos norte-americanos... Para isso já existe o Noam Chmosky. Com quem, aliás, o MST já debateu ( e bem) há uns tempos atrás...