terça-feira

A verdade da mentira em política

Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us Sempre nos interessámos por estes temas, seja em termos públicos seja em termos privados. Por ex., o que poderá levar um político a reiterar ou reincidir numa mentira? Ou um sujeito fingir, em mau teatro, desconhecer o outro? É claro que deixamos de lado esta 2ª categoria - que se prende a recalcamentos antigos, traumas de classe e outras interiorizações malignas que perpassaram a adolescência, a faculdade, a revolução de Abril e muitos outros cravos e muitas poucas rosas na escola da vida que é sempre uma arena mui armadilhada, mesmo no pós-25 de Abril...
  • Cinjo-me aquela 1ª categoria: a mentira pública, ié, emanada da boca dum político, voluntária ou involuntáriamente. E há a dizer o seguinte: a mentira tem bases fisiológicas concretas, um pouco como a alma: que tem um lado liso, oriundo de Deus e que fielmente transmite objectos e narra factos, tal qual eles se apresentaram na realidade, pelo menos tanto quanto a nossa capacidade cognitiva o permite e descontadas as intersubjectividades que Gabriel Tarde falava e kant também, 200 anos antes.
  • E depois, aquele lado cilíndrico da alma, herdado de um demónio, pode não ser o velho Mao, mas que sistemáticamente desforma os factos para governança própria ou utilização privativa numa lógica de manutenção e maximização do poder. É precisamente que o ex-PM de Portugal mente daquela forma. É óbvio que ele se está a marimbar para os docs. sórdidos da intelligence da República imperial, mas credita-lhes valor para salvar o coiro político, doutro modo perderia a face. E nós sabemos que a fece de Durão já não é lá mui atractiva.
  • É este lado da alma que produz o pai da mentira. Durão fez mais: conseguiu fazer a quadratura do círculo. Enganou os tugas, enganou M. Ferreira leite e todo o seu governo, iludiu e destruíu S. Lopes que já estava quase destruído políticamente, escondeu a verdade ao povo e, ainda por cima, teve a arte macabra de dizer ao povo que o salvava votando-o à fogueira nesse instante, que foi o sucedeu quando entregou o poder monárquicamente a Lopes ante um PR completamente inepto, indeciso e titubeante - que são as características que melhor definem J. sampaio politicamente. É claro que o dr. Mdeiros Ferreira - com as penas de pavão que se lhe conhecem discorda. Mas eu também nunca concordo com ele, aliás, já nem paciência temos para o ler, porque pela 1ª palavra já sabemos como termina o elogio fácil que ele costuma votar-lhe ao PR mais obscuro da história da nossa democracia.
  • Enfim, a arte da mentira pretende ser atemporal e universal, e isso Durão conseguiu mais uma vez. Em nome da Europa, de Portugal e dos seus privilégios, claro está!!!
  • Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us