Neoléxico de H. Poter...
Confesso que nunca achei piada ao livro que o prof. Marcelo passou na RTP. O Harry Poter. Prefiro os azuleijos de Dª Ana Pintalgada ou a Pintura de Celorico de Bastos. Antes dele milhões e milhões de pessoas já o viram, leram, comentaram. Eu Não. Era incapaz de comprar aquilo para uma criança. Do pouco que li achei intragável. Acho mesmo uma violação psicológica e cultural alguém se lembrar de ofertar aquilo a uma criança... Certamente é porque aderiu à moda, pois ninguém de bom senso está a ver aquele constitucionalista (e o conjunto das pessoas normais) a perder mais 10 minutos com o referido livro. Tenho a ideia de que aquilo é uma versão marketizada do S. Cipriano, mas com mais efeitos especiais e muitos milhões à mistura made in USA.
Eis a razão do sucesso. Os norte-americanos, do ponto de vista cultural, são o que são: uma enormidade. E agora a autora quer transplantar para a Europa Ocidental e o resto do mundo os resultados das suas criações obtusas. O resto é alienação pura e dura - que faz com que milhões de telespectadores também vejam Os Donos da Bola, o Fiel ou infiel, o programa das tropas especiais da TVI que não sei o nome e o mais dentro da linha culturalóide de Castelo Branco que as estações televisivas em Portugal, num gesto de intensa e comovente generosidade cultural, apoiam activamente. Valha-me Deus... Será que serei só eu eu que estou louco...
Daí concluir, e com o devido respeito a todas as pessoas alienadas que gostam do referido exemplar, que se trata de mais um Best-seller. Só que para alguns aquela expressão também significa - "besta que sabe ler". Por isso, muitos escritores lusos, alguns radicados em Espanha, são best-sellers.
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