Os Lusíadas com up grade
Naturalmente, há uma versão d' Os Lusíadas mais hard para rapazes com idade superior a 14 anos, que é quando o acne começa a irromper pela epiderme e a dar os primeiros sinais de revolta biológica. Uma revolta que se dirige também contra os pais, uma vez que o mito que as crianças acalentam relativamente aos pais cai por terra. Por vezes este mito do herói dura até aos 30 anos, o que é mais grave. Mas vamos à narrativa que nos deixa entrever essa tal versão alternativa de Camões, o maior poeta de todos os tempos. Não porque fosse simplesmente excepcional, mas porque o foi, de facto, só com um olho e andava sempre teso. Teso, apaixonado e à porrada, tal a sua marca. Se vivesse nos nossos dias, Luís Vaz não seria escritor mas pugilista, talvez praticante do Vale Tudo ou Kick box...
Os Lusíadas - versão alternativa
Rompendo as barreiras do som, encurtando o mundo, aproximando os povos e as carnes, acelerando os ritmos da natalidade interracial, modificando as equações pré-einsteinianas do espaço-tempo - Camões levou-nos por mares nunca dantes navegados. Os tugas zarparam assim para o Cu de judas: Orientes, áfricas e o mais, desafiando os oceanos e os monstros do mar. Com marés e vagas piores que tsunamis... Tudo contra a vontade de Baco, esse deus menor do vinho, que era do Cartaxo e andava sempre emburraxado. Enfim, um alcoólico de 1ª apanha que só pensava em meninas com coroa na cabeça e fio dental, videiras sumarentas e em grandes orgias em ilhas exóticas rodeadas de perigos marinhos. Julgo que já na altura já havia tubarões.. Esses perigos, segundo consta, funcionavam como os viagras de então. E parece que tinham êxito. Tudo isto enquanto os nossos tetra-avosinhos, já laicos, socialistas e republicanos como o Mário Soares, só pensavam em evangelização para conquistar a almas e arrecadar mais uns votinhos pelo Norte d'África abaixo - até à lusitânia. O Vasquinho (não o da revolução) mas o Gama, levou muito a sério essa conversão. Parece que teve dezenas de mulheres, e por lá deixou centenas de filhos luso-brasileiros que hoje ainda gritam do outro lado do Atlântico chamando pelo Pai - e são ouvidos por baixo da ponte de Salazar, perdão 25 de Abril, perdão sobre o Tejo - até o eco atingir a trave mestra da Torrre de Belém. Mas o Camões, como já dissemos, só tinha dois prazeres na vida: meninas e viagens - por isso, passou o regresso a pensar na tal ilha dos amores, o que seria hoje uma espécie de grande cabaret. Segundo outros, uma versão macroscopica de uma órgia dentro do Pavilhão Atlântico no Parque das Nações - em que os marinheiros mostravam às musas as respectivas inspirações erectas. E Baco, o tal que andava sempre alcoolizado - como um cronista do Público - não aguentou a pedalada e apanhou uma depressão e foi internado no Júlio de Matos. Depois inscreveu-se num brainstorming sobre o aborto e a homosexualidade e fundou o Bloco de Esquerda. É óbvio que esta fracção da realidade não vem em nenhum dos Cantos de Os Lusíadas - mas pode extrair-se das entrelinhas. E assim se concretizou a 1ª vaga de globalização lusa cujo sucesso se saldou num estrondoso resultado: conquistar a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.
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PS: Peço desculpa aos puristas camonianos - que já morreram quase todos - por esta interpretação de vanguarda. Mas hoje o real só é real se for verdadeiramente ficcionado. Pois eu acho que Camões nunca existiu. O que existe é uma vontade tremenda de vingar a vida não vivida por alguém se querer candidatar a Belém aos 80 anos.
PS 2: peço também as minhas desculpas à pseudo-intelectualidade bloquista por, eventualmente, não subscrever esta leitura da estória. Mas ela não foi escrita de gatas, nem no porão de nenhum barco do amor em cruzeiro pelo Brasil.
PS 3: Fiquei muito feliz com os resultado do meu Benfica. Gostaria que esse resultado conduzisse à seguinte solução: a erradicação definitiva do sr. Pinto da costa do futebol e de qualquer outra modalidade desportiva em Portugal. Ele tem sido a principal fonte de conflitualidade futebolítica em Portugal nos últimos 15 anos. Deve ser erradicado. O Porto jogou menos, levou nas lonas. Mereceu perder, e ainda devia ser mais derrotado na sua própria casa. Já agora, uma advertência: houve alguma serrafada de parte a parte. Mas aqueles grunhos lá de cima - ainda pensam que o Futebol se joga à cabeçada. Assim é, de facto, mas é na bola - e não na cabeça dos adversários... Talvez fosse bom meter esses sujeitos da violência futebolizada a praticar o Vale Tudo lá prás bandas do Brasil, donde vieram... Parabéns BENFICA.
- Infra vemos Luís Vaz aflito com tanta oferta e tão pouca capacidade de resposta
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