segunda-feira

A srª joana e o estudo de caso (clínico). Os offshore da nossa desgraça





Há anos que me pergunto qual o mérito, competência e preparação de joana marques vidal para o exercício do cargo que ainda ocupa e que é de dupla confiança: governamental e presidencial. A propósito do grave, gravíssimo caso da aquisição de submarinos, processo liderado por Paulinho Portas e que representou um rombo de 1% no miserável PIB nacional, e perante a ineficácia e ineficiência da ainda PGR, esta, a srª Joana Vidal, declarou o seu arquivamento e que, de futuro, o processo daria azo a um "estudo de caso", já que, na prática, nada se conseguiu apurar. 

Ainda que na Alemanha, que vendeu os ditos submarinos a Portugal, através de contratos com clausulas vergonhosas, tivesse havido arguidos e alguns deles foram parar à cadeia por se ter provado a existência de crimes de corrupção e de tráfico de influências.

A regra da ainda PGR é, ou parece ser, perante a inexistência de prova, mandar arquivar e declarar que o assunto daria um excelente estudo de caso, para desenvolver os neurónios dos universitários que trabalham à essa escala académica. 

Agora o mundo está confrontado com a maior fuga de informações,  resultante duma grande investigação jornalística, desenvolvida pelo conhecido Consórcio Internacional de Jornalistas (ICIJ, na sigla inglesa), em que destaca os nomes de 140 políticos do mundo inteiro, entre eles 12 antigos e actuais líderes globais.

Em causa estará a existência de cerca de 12 milhões de documentos ligados a uma empresa do Panamá, designada Mossack Fonseca (apelido português!!!) - que é especializada na gestão de capitais e de património, leia-se fuga ao fisco e ocultação de rendimentos que o ex-líder do BE em Portugal, há mais de 20 anos, tem vindo a denunciar publicamente entre nós. Aliás, o BE especializou-se no ataque às empresas offshore e aos malefícios que provocam nas economias e sociedades reais, de carne e osso.

A questão reside em saber para que servem instituições, como a Procuradoria Geral da República, cujos magistrados são pagos a peso de ouro e que nenhuma competência têm revelado, designadamente a sua responsável maior, joana marques vidal, na antecipação ou punição dos crimes públicos praticados contra as economias e as sociedades.  Acompanhar a situação quando a mesma é denunciada é pouco...

Muito provavelmente, a srª Joana dirá tratar-se de mais um estudo de caso que merece arquivamento, como fez com o escândalo da aquisição de submarinos à Alemanha e a que esteve intimamente ligado Paulo Portas, hoje na vice-presidência da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. 

Há, de facto, ironias que nem o destino explica... 

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