Francisco Louçã foi pioneiro na denúncia dos paraísos fiscais em Portugal
Nota prévia: Há um partido em Portugal, goste-se ou não dele, que foi pioneiro na denúncia dos paraísos fiscais, como fonte de corrupção, criminalidade economico-financeira, tráfico de influências mais uma dezena de crimes a ele associados que nem sequer estão tipificados na lei. É por esse pioneirismo da denúncia que talvez faça sentido evocar aqui - justamente - a inteligência e presciência de Francisco Louçã no equacionar desta matéria em Portugal, que também é parte do problema - e para o qual a classe política, da esquerda à direita, cínica e hipocritamente, finge desconhecer.
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Mais de 300 jornalistas examinaram meticulosamente milhões de dados pertencentes à sociedade de advogados Mossack Fonseca para expor uma lista alarmante de clientes envolvidos em subornos, tráfico de armas, evasão fiscal, fraude financeira e tráfico de droga. Trata-se da maior fuga de informação da história - os Panama Papers, que mostram como uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos vendem o segredo financeiro a políticos, burlões e traficantes de droga, bem como a multimilionários, celebridades e estrelas do desporto. A investigação é do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, de que o Expresso é parceiro.
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