Evocação de Ernest Hemingway - O Velho e o Mar -
Assaltado pela memória dos tempos de liceu - quando vi um estarola a perorar no Palácio Rosa... Mas não se deve misturar a literatura de qualidade com a política barata, feita por gente impreparada e prepotente e com os resultados paupérrimos que os portugueses lamentavelmente conhecem.
- Na obra maior de Ernest Hemingway, O Velho e o Mar - conta-se a história de um pescador cubano, Santiago, que após quase 3 meses andar no mar sem apanhar um só peixe, acaba fisgando um de tamanho descomunal, o qual lhe oferece uma luta terrível e contra o qual o pescador tem de opor todas as suas forças, com os seus braços, o seu corpo, acima de tudo, o seu espírito.
Portugal vive hoje esse drama, de ter colocado no comando da nau um timoneiro sem preparação, sem força, sem ideias, sem expertise, um verdadeiro nabo que vegeta no mar alto - feito nas jotinhas partidárias e que da governação conhece apenas a noção mais primária: o agravamento do imposto e da carga fiscal sobre pessoas, famílias e empresas.
- É esse "o pescador" de águas baixas que está em vias de ser empossado PM para, depois, logo depois, ser engolido pelo peixe que anda por aí, e que já prometeu dar luta. E por uma simples razão: não se governa contra as pessoas, governa-se, sim, em prol delas.
- A evocação de Hemingway, ainda que um pouco forçada, dado que o estarola de Massamá não é - nem poderia ser - Santiago, interpela-nos e empurra-nos contra a parede do mar revolto em que hoje Portugal e os portugueses andam, cheios de perplexidades pessoais, apesar das eleições. E é também esse mar de sensações e de sentimentos que nos permite uma reflexão - pessoal e colectiva - acerca de quem somos e o que fazemos nas nossas próprias vidas quando nos deparamos com dificuldades extremas ou problemas de grande dimensão e complexidade.
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