quinta-feira

Sampaio da Nóvoa: o presidente-culto e próximo das pessoas

Nota prévia: Sem ser o candidato ideal na área do centro-esquerda - Nóvoa pretende ser ou cultivar a imagem do "presidente-culto", humilde, independente e deixando uma imagem de homem público próximo das pessoas comuns, ao invés do perfil distante, frio, tecnocrático, arrogante e profundamente inculto representado pelo sr. Silva, que é de Boliqueime mas nunca teve a "ciência" de saber citar António Aleixo, por exemplo, um poeta quase analfabeto de Loulé. 

Nóvoa cita Sophia frequentemente, Cavaco não cita nada, nem o Finantial Times, e nesta mega-crise da TAP, que ameaça não apenas destruir o valor económico à principal empresa-bandeira do país, como também destruir a fileira do turismo em Portugal - Nóvoa promete alterar qualquer coisinha. 

Entre as promessas de Nóvoa e a cumplicidade criminosa de Cavaco contra os portugueses e a economia nacional, teremos de reconhecer, sem concessões à razão, que Nóvoa está uns furinhos acima do sr. Silva, o que também não seria difícil atendendo à prestação sectária do sujeito. Nóvoa promete ainda ser "isento", pois se o conseguir em boa parte do seu mandato já terá tido alguma utilidade e realizado mais do que o seu predecessor. 

Contudo, falta ainda a cartada maior do centro-direita, na figura do comentador-mor, Marcelo Rebelo de Sousa - para quem, se calhar, estas eleições presidenciais não serão, afinal, um passeio (alegre) Belém. 

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Sampaio da Nóvoa é candidato a presidente e não quer "deixar tudo na mesma"

"Os portugueses bem quem eu sou e de onde venho mas não me candidato para ser presidente de apenas alguns portugueses". Sampaio da Nóvoa falava na sessão de apresentação da sua candidatura a Presidente da República, em Lisboa, num discurso em que prometeu ser "totalmente independente" e combater que o interesse nacional seja capturado por "grupos de pressão".
O Teatro da Trindade encheu-se para ouvir o primeiro discurso de Sampaio da Nóvoa enquanto candidato presidencial. De fora da sala ficou muita gente. Tanta, que o ex-reitor da Universidade de Lisboa teve que ensaiar um novo discurso para aqueles que não conseguiram assistir ao primeiro.
"Não venho para deixar tudo na mesma. Venho para juntar os portugueses em torno de um projeto de mudança, para restaurar a confiança na nossa democracia e no nosso futuro, com esperança, com determinação, com a coragem que os portugueses sempre revelaram nos momentos mais difíceis da sua História", disse no discurso de candidatura.
Depois de assegurar sentido de responsabilidade e isenção se for eleito chefe de Estado, o ex-reitor da Universidade de Lisboa deixou um aviso muito concreto: "Não serei um espetador impávido da degradação da nossa vida pública".
"O Presidente da República tem de restaurar a confiança dos portugueses no Estado de Direito, nas instituições, na autoridade moral e na credibilidade de quem desempenha um cargo público. Tudo farei para reforçar a democracia, para estimular governos e oposições a cumprirem as suas funções com sentido reformista e de Estado, para consolidar a cooperação institucional, para promover uma maior participação dos cidadãos na vida pública", acrescentou.
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