quarta-feira

A inutilidade extrema de Cavaco silva

O sr. silva, em modo de pensamento automático


- "Lamento dizer, mas eu só sirvo para cortar fitas".

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Muitos de nós perguntam-se para que serve a função constitucional e a missão política do PR, mormente nesta fase recessiva e turbulenta da vida nacional. Um momento atravessado por profundas crises económicas, sociais e financeiras - de que a ameaça de greve pelo sindicato dos pilotos da TAP - com cerca de 300 alminhas - representa o maior risco do momento para a sustentabilidade de uma empresa de bandeira, a TAP, e o conjunto da economia nacional, condicionada que está pela relevante fileira do turismo - que fica profundamente afectado por esta greve injusta e ilegítima agendada por 10 dias, qual crónica duma morte anunciada...

O Governo e a oposição consideram ilegítima esta greve, os operadores do sector e a generalidade dos trabalhadores da TAP também, a sociedade civil, na sua generalidade, olha para os pilotos com desconfiança, e salvo os próprios pilotos.., ninguém mais quer ou admite que uma empresa verdadeiramente nacional - que projecta a imagem externa de Portugal no mundo - possa ficar refém deste "sequestro político" feito por pilotos irresponsáveis e caprichosos.

Eis um momento verdadeiramente excepcional que exigiria a intervenção especial do PR, mediante uma tomada de decisão pública firme pela ilegitimidade da greve e pela imputação das suas consequências aos pilotos responsáveis por ela. 

A não (saber) agir atempadamente, o sr. Silva revela que nunca soube como desempenhar o seu papel constitucional no quadro do sistema político; revela desconhecer o magistério de influência que um PR deve ter, mormente em conjunturas de profunda crise de valores e decadência política (pautada pela corrupção que atinge o XIX Governo Constitucional que ele apoia), e ainda não sabe ser um líder num período de intranquilidade social.

Numa palavra: cavaco silva comporta-se como um agente político profundamente egoísta, apenas preocupado com a sua carreira política e a forma como irá terminar o seu (miserável) mandato. E é em prol dos "valores" do seu umbigo que deixa uma nação a arder, ante uma greve que ameaça cilindrar a principal e mais simbólica empresa-bandeira do país, a TAP, e empobrecer a fileira do turismo (a galinha dos ovos d´ouro) em Portugal.

Um PR assim não merece o ar que respira, quanto mais ser o (ainda) locatário do Palácio Rosa. 

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