Cortar o Tempo às fatias. Alan Parsons - Time Machine (1999). Dalí entre a Filosofia do Tempo
Um dia houve que alguém genial decidiu cortar o tempo aos pedaços, como quem corta uma melancia, e fê-lo com consentimento de todos, porque todos hoje seguem essa repartição formal do tempo em que o ano se divide em doze meses.
E a esse tempo, supostamente "novo" - chamamos Novo Ano - que deixa para trás o tempo velho, embora este não seja senão um continuum em ligação com os tempos futuros na longa linha do tempo - que pode ser a eternidade.
E assim se industrializou a esperança, a lógica da expectativa e do desejo tornado realidade - colectiva e individual - fazendo-a funcionar até ao limite.
Todavia, hoje bem poderia ser o dia 32 de Dezembro, mas é o 1 de Janeiro - por convenção. Uma convenção que impõe, de novo, a velha arrumação do tempo em doze meses (igual ao anterior), mas em que cada um de nós pensa que irá operar-se um milagre da renovação para que tudo (re)comece outra vez, ainda que com outro número (2015) e com uma outra vontade e desejo de que tudo, doravante, será diferente.
Mas será mesmo assim?!
Dalí - Persistência da Memória -
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