segunda-feira

Nunca o governo gastou tanto com os seus gabinetes: mais 864 mil euros que no último Orçamento do Estado




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Nunca o governo gastou tanto com os seus gabinetes: mais 864 mil euros que no último Orçamento do Estado

Gastos previstos no OE/2015 prevê um acréscimo de 864,3 mil euros em relação a 2014. O aumento em relação a 2012 é de 4,3 milhões

As despesas dos gabinetes dos 56 membros que compõem o actual governo totalizam os 51,5 milhões de euros, de acordo com os mapas que acompanham a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2015. Este montante representa um aumento de 864,3 mil euros em relação às verbas inscritas no OE de 2014. Se compararmos com o OE/2012, o primeiro elaborado pelo executivo de Pedro Passos Coelho, o acréscimo é muito mais significativo: 4,3 milhões de euros.
Em causa estão todas as despesas com pessoal, designadamente as remunerações de ministros, secretários de Estado e seus colaboradores, as despesas de representação, ajudas de custo, suplementos e prémios, subsídio de refeição, férias e Natal e contribuições para a Segurança Social ou a Caixa Geral de Aposentações; e os gastos na aquisição de bens e serviços, nomeadamente em telemóveis, combustíveis, alimentação, deslocações e estadas, estudos e consultadoria, entre muitas outras rubricas.
De acordo com a última síntese estatística do emprego público, os gabinetes dos membros do governo eram compostos por 1030 pessoas a 30 de Junho de 2014, ou seja, mais 34 do que um ano antes e mais 79 do que no final de 2011.
Recorde-se que Passos Coelho foi precisamente um dos que criticaram a dimensão dos governos socialistas. Em 2011, em vésperas das eleições legislativas, o então líder do PSD chegou a afirmar: "Não podemos ter um governo com 16 ministros mais dezenas de secretários de Estado. Temos de ter um governo que se possa sentar à volta da mesa e que, com o primeiro-ministro, possa responder pelas decisões que são tomadas. E isto pode fazer-se com um governo muito mais pequeno e com um número de ministros não superior a 10".

Confrontado pelo i com esta informação, o gabinete da ministra das Finanças, em nome do gabinete do primeiro-ministro e de outros ministérios cujos gastos aumentaram, respondeu que "as despesas com pessoal dos gabinetes ministeriais previstas no OE para 2015, reflectem o correspondente aumento de despesa", tendo em conta que "a partir de 1 de Janeiro de 2015 entrará em vigor a reversão da redução remuneratória temporária no montante de 20%".

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Obs: Sendo um ano de eleições, este (des)governo não resiste em ir aos bolsos dos portugueses para aumentar e fidelizar as clientelas, alargando a sua base de apoio assessorial. Razão por que este fartar de vilanagem tem lugar. Além da insegurança política de que ficou refém, por ausência manifesta de obra e por não concretização do seu programa eleitoral. 

Compulsando as declarações de Passos Coelho antes de ser PM com as realidades presentes - constata-se que o descaramento, o despudor, a falta de vergonha é inqualificável. Não se compreende por que razão cavaco não destituiu um governo cujo chefe de banda mente compulsivamente às populações e, em quase 4 anos de desgoverno, não conseguiu cumprir uma só das promessas eleitorais comunicadas à sociedade e com base nas quais foi eleito em 2011.

Este Governo é uma mancha de crude no coração dos portugueses, e se essa mancha alargou pelo efeito das metástases que entretanto se formaram no corpo social - tal deve-se à conivência de lesa-pátria entre Belém e S. Bento. Uma cumplicidade que não tem em conta, como devia, o efectivo interesse nacional, mas as carreiras pessoais e políticas dos locatários de S. Bento e Belém, ambos a governar para o seu umbigo e para as suas mui restritas clientelas.

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Gastos 

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