sábado

Deus e o Diabo estão nos pormenores: o dr. Pedro e as omissões deliberadas no caso Tecnofórmica e Ong



O debate d´ontem na AR adensou mais dúvidas do que esclareceu o caso do envolvimento de Passos Coelho na Ong através da qual recebeu dinheiro a troco de diligências políticas, ou lobi político se se quiser, e que nos EUA está legalizado. Mas tudo é declarado e não há oportunos (oportunísticos) lapsos de memória.

O que é curioso é sinalizar os seguintes factos, situações passadas e OMISSÕES:

- 1. o dr. Pedro não tem cópia das farturas, perdão, das facturas que entregou para ser reembolsado;

- 2. o dr. Pedro não recebeu um salário pelas diligências e serviços prestados, mas era reembolsado;

- 3. o dr. Pedro, porém, não quis detalhar quais e quantas viagens foram essas, ou seja, quanto gastou em viagens, almoços e jantes (ceias também). Porventura, pelo que recebeu, I presume, daria para dar várias vezes a volta ao mundo - de carro, iate e de avião;

- 4. o dr. Pedro não cobrava serviços, trabalha pro bono para a Ong que o reembolsava, tamanho foi o seu altruísmo filantrópico - porventura só comparável ao de Madre Teresa de Calcutá;

- 5. o dr. Pedro.., blá, blá, blá, blá...PIM!!!

Quando perguntado como e quanto pagava o então "patrão" do dr. Pedro, numa entrevista à revista Sábado, este mandou desligar o gravador durante 13 minutos. A estória é conhecida...

Deve ter sido o tempo que precisou para reler as primeiras 800 págs. da Bíblia e, quando chegou ao Eclesiastes, percebeu que tudo é vaidade e vento que passa, e amanhã o sol volta a por-se para novamente nascer no turbilhão do tempo...

Numa palavra: o dr. Pedro está encalacrado pela generalidade da Opinião pública que não acredita nele definitivamente. Ninguém já acredita nas suas declarações, especialmente nas omissões que ontem não quis desfazer, pois é nelas que reside o nó górdio daquilo que, como é bom de ver, desesperadamente OCULTOU e que todos os portugueses já perceberam.

Todos, com excepção do doutor Cavaco, que teve aqueles problemas com a venda das acções out-of-market do BPN e que, talvez por isso, e em espécie, agora se sinta na obrigação (moral e política) de se solidarizar com o seu colega de partido. 

Tudo isto tem nomes feios, que custam a dizer e ainda mais a ouvir. Como pretendemos manter o nível reafirmamos apenas que Portugal FEDE.

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