Cavaco e a contabilidade política caseira: dissolve vs não dissolve
O locatário de Belém está a ouvir tudo aquilo que vive, directa ou indirectamente, à sombra do erário público: partidos políticos, sindicatos, patronato, associações e demais corporações. Dessas audiências não terei dúvidas que a reclamação pela demissão deste impreparado governo derrota as magras defesas pela manutenção desta manta de retalhos que o Sr. Portas (logo ele...) diz agora que está sólido. Pensei que também dissesse: "firme e hirto..."
No final, já com a contabilidade do deve e haver feito, Cavaco branqueará a opção remendada desta contranatura coligação - quer pelos actores, pelas políticas públicas e pelos comportamentos irresponsáveis que violam a dignidade das instituições do Estado e os mais básicos e legítimos interesses dos portugueses, designadamente direitos firmados com Estado no âmbito do contrato social fixado entre pessoas/funcionários públicos e Estado - e dará posse a esta nova ilusão que tem saído cara aos portugueses e que nos faz aproximar da situação grega.
Ou seja, Cavaco ouvirá uma esmagadora maioria de instituições a reclamar a demissão deste incompetente governo, mas, no final, decidirá ao arrepio dessa vontade que espelha o verdadeiro pulsar da nação.
Se assim for, Cavaco será um dos cooresponsáveis desse branqueamento político com trágicos resultados financeiros, económicos e sociais para os portugueses.
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