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Bruxelas quer esclarecimentos sobre espionagem

Nota prévia: o Presidente da CE tem aqui um sério desafio à sua já débil
credibilidade na comunidade internacional. Pela sua crónica passividade com os fortes, é muito natural que Barroso finja que o assunto não lhe diga respeito, é com os Estados-membros, e, assim, será a Alemanha, mais uma vez, que assume o papel director de efectivo presidente das instituições comunitárias, ante um presidente formal em exercício que apenas cumpre calendário e desloca-se ao Corno d´Africa para fingir que está muito preocupado com a fome e as epidemias no mundo contemporâneo. 






Bruxelas quer esclarecimentos sobre espionagem (in Expresso)

Os serviços de inteligência dos EUA espiaram desde 2010, através do programa de vigilância Prism,a União Europeia, de acordo com a revista alemã "Der Spiegel".
Carolina Reis * com Lusa



A UE quer esclarecimentos sobre as suspeitas de espionagem feitas pelos EUA,
ontem revelada pela revista alemã Der Spiegel.

Ao jornal inglês "The Guardian", Martin Schulz, presidente do Parlamento
Europeu, afirmou que, se se confirmasse que as revelações pela feitas pela
Der Spiegel são verdadeiras, haveria um "grave impacto" nas relações entre a
UE e os EUA. O chefe da delegação da União Europeia nos EUA disse hoje à 
Lusa que o caso noticiado de alegada espionagem da CIA à UE está a ser 
acompanhado pelo Serviço Europeu de Ação Externa, em Bruxelas.  Já Martin
Schulz defende que as suspeitas devem ser "profundamente clarificadas".
A edição deste fim-de-semana da revista alemã Der Spiegel, que cita
documentos do ex-colaborador da Agência Central de Inteligência
norte-americana Edward Snowden, acusado pelos EUA de espionagem,
revela que a CIA espiou as representações da União Europeia nos Estados
Unidos.

Serviço Europeu de Ação Externa acompanha caso 


Questionado pela Lusa sobre de que forma os factos relatados na revista, 
citada no sábado pela agência noticiosa francesa AFP, poderiam afetar as 
relações entre a UE e os Estados Unidos, o embaixador João Vale de Almeida, 
chefe da delegação da União Europeia nos EUA, em Washington, respondeu 
por e-mail, através do seu assessor, que o assunto está a ser acompanhado
pelo Serviço Europeu de Ação Externa, em Bruxelas.

"Esta questão está a ser gerida de uma maneira centralizada, uma vez que
se refere a várias entidades da UE. Atuarei conforme instruções", adiantou
o diplomata, em mensagem publicada na sua conta no Twitter. 

A Lusa aguarda uma resposta do Serviço Europeu de Ação Externa, uma
espécie de Ministério dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

De acordo com a revista Der Spiegel, um documento da CIA de setembro
de 2010, classificado como "extremamente confidencial", descreve como a
secreta norte-americana espiava a representação diplomática da União
Europeia em Washington: o método usado implicava não só o uso de
microfones instalados no edifício, mas também o recurso à infiltração na rede
informática, que lhe permitia ler correios eletrónicos e documentação interna.

Peritos detetaram escutas 


A representação da UE nas Nações Unidas também foi espiada da mesma
maneira, segundo os documentos da CIA, nos quais os europeus são
designados explicitamente como "alvos a atacar".

A revista adianta que, há mais de cinco anos, peritos em segurança da
UE descobriram um sistema de escutas na rede telefónica e de Internet da
sede do Conselho da União Europeia, em Bruxelas.

À Der Spiegel, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que,
a confirmarem-se os factos relatados, é "um escândalo gigantesco", que 
"lesaria consideravelmente as relações entre a União Europeia e os Estados
Unidos". Na quarta-feira, a UE pediu aos EUA, "tão rápido quanto possível",
respostas às suas questões sobre o programa de vigilância secreto
norte-americano Prism, divulgado por Edward Snowden.


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