quinta-feira

A opinião de Ron Paul acerca da espionagem e do conceito de inimigo




Espionage is explainable when conducted against foreign governments or those belonging to organizations that wish us harm. But when it's done on a mass scale, on all local citizens, does this mean that we are the enemy? That the state believes that we all wish to do it harm? 


What happened to our ways which said that if the law had evidence which showed that a citizen was planning elicit activities, then, with court approvals, the gov't could conduct and monitor our personal lives? That with evidence, a citizen's personal liberties could be intruded upon?


Critically Thinking Canadian







Obs: Este talvez seja o argumento mais sagaz e inteligente para combater o poder discriccionário que a América exerce sobre os seus próprios cidadãos, violando, alegadamente, os seus direitos, liberdades e garantias. 

Ainda que o faça sob a estrita necessidade de manter a cruzada contra acções de terrorismo levadas a cabo em todas as partes do mundo e que, por vezes, são desmanteladas sem que a opinião pública disso tenha conhecimento. 

Portanto, aquilo que configura uma violação dos direitos dos cidadãos, designadamente o direito de comunicação sem ver essa esfera da privacidade vigiada (e violentada), também acaba por ser um instrumento para salvar vidas de forma discreta e eficaz. 

Por outro lado, o caso Snowden comporta uma outra dimensão/dificuldade: saiu do país e andou a dar entrevistas a jornais ingleses, e nelas referiu publicamente informações que fragilizam a América e algumas das suas instituições, e, esse facto, em solo estrangeiro, não pode deixar de ser visto por parte da Administração do Tio Sam como um desafio claro aos poderes públicos que hoje estão confrontados com a forma mais eficaz de governar sem, com isso, cercear aqueles direitos, liberdades e garantias. 

Este quadro de contradições revela uma outra coisa: a governação no séc. XXI revela-se mais complexa e contingente do que o foi em fases precedentes da história política moderna e contemporânea. 

Neste governo do invisível, do secreto e do opaco, de que nenhum Estado (democrático ou autocrático pretende abrir mão) há uma orientação seguida por todos, a qual defende que todas as acções (e omissões) dos governantes devem ser conhecidas do Povo Soberano, salvo alguma medida relacionada com a segurança pública (doméstica ou de âmbito estratégico), que deverá igualmente ser conhecida após passado o perigo. 

Ora, como é bom de ver, aqui o perigo, ou o pretexto (terrorismo) que o justifica, nunca mais passa...


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