A Constelação do Turismo na Economia Portuguesa
Consabidamente Portugal é, por excelência, um país vocacionado para o turismo: a geografia, o clima, a cultura, as tradições e costumes, as pessoas, todo esse capital humano, simbólico e material predispõe o nosso país para um bom acolhimento aqueles que nos visitam e deixam cá aos seus recursos. O turismo é, assim, na economia nacional uma mola essencial ao nosso progresso e desenvolvimento. Isto é uma evidência e uma verdade de La palice. Mas é sempre útil recordar aquilo que se vai fazendo de útil para promover esse perfil do país, e o estudo dirigido por Ernâni Lopes (e pela SAER) sobre A Constelação do Turismo na Economia Portuguesa é de utilidade - sobretudo aos operadores do sector. Nesse quadro é vantagoso conhecermos os mecanismos internos, os efeitos e as propostas que são feitas neste crucial sector em Portugal, necessário ao nosso desenvolvimento (regional e nacional), ao melhoramento do perfil do turismo praticado em Portugal e, no limite, à reinvenção do próprio país através da competitividade do turismo português, que deverá passar por um conjunto de políticas e medidas encadeadas. As quais se apoiam numa segmentação adequada da oferta, numa qualificação dos activos do país, numa reorganização da oferta turística, numa gestão de marcas e de promoção e num mais eficiente conhecimento e dinamização da procura. Tudo isto no pressuposto de que não existe um só turismo entre nós. Já que o mercado turístico é, por natura, um mercado muito fragmentado e complexo e em rápido processo de transformação. O que é verdade num ano, deixa de o ser no verão seguinte. A globalização competitiva, que é o decisor oculto da conjuntura, veio baralhar ainda mais os dados do problema neste importante sector da actividade económica inscrito neste rectângulo à beira-mar plantado que tem - e deve - ser cada vez mais inventivo na sistematização da sua oferta turística. Seja para com os seus "filhos" seja para com aqueles turistas que de fora nos procuram.
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