Novos métodos de solidariedade transnacional: Scarlett Johansson leiloa encontro com fã para ajudar Haiti
A atriz americana Scarlett Johansson está leiloando entre seus fãs um encontro com ela, após a estreia de sua peça de teatro "A View from the Bridge", com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar a diminuir a crise humanitária no Haiti, informou hoje a revista "US Weekly". O leilão, que começou na segunda-feira no portal "Ebay.com" e segue até a próxima sexta, tinha, por volta das 23h30 desta terça (horário de Brasília), um lance máximo de US$ 530. O ganhador do leilão vai receber quatro entradas para ver a apresentação da estrela na Broadway, Nova York, e a oportunidade de passar 10 minutos com a beldade, com direito a tirar fotos e receber autógrafos. "A View from the Bridge" estreia no dia 24 de janeiro. Scarlett contracenará Liev Schreiber. A receita do leilão vai ser inteiramente doada à ONG Oxfam America, que trabalha na ajuda humanitária ao Haiti. A atriz tinha participado de outro leilão da Oxfam em 2008. Na ocasião, um internauta pagou US$ 40.100 para passar um momento com ela e assistir à estreia do filme "Ele Não Está Tão a Fim de Você". São tão salutares quanto inovadoras estas formas de arranjar receita para ajudar aqueles que estão destruídos pelas catástrofes naturais, como sucede no caso trágico do Haiti. A sociedade norte-americana é tão rica e excêntrica que pode abrir mão desta inventividade e contribuir, assim, para minorar o sofrimento dos mais desafortunados da vida, o que é de louvar. Entre nós, pela dimensão e idiosincrasia nacional, avançamos com apoios provenientes da sociedade civil e do Estado, o que também é positivo, por isso a Caritas, a CVP e outras ONGs estão de parabéns por se estarem a mobilizar e ajudar na recuperação daquele inferno humano em que se transformou o Haiti, que hoje sofreu mais outra réplica do sismo. A adopção de crianças haitianas por cidadaõs portugueses poderá ser outra possibilidade para minorar aquela tragédia humana. Isto revela que o campo de possibilidades começa agora a rasgar-se para contribuir na reconstrução do território e minorar o drama humano - que está assente numa zona sísmica, razão que torna a reconstrução do parque habitacional algo problemático. Todavia, até inspirado pelos exemplos que o mundo nos vai oferendo, os nossos dirigentes partidários e agentes políticos em geral, como Manuela Ferreira Leite, o poeta Manuel Alegre, o PR Cavaco Silva e muitos outros responsáveis políticos nacionais, têm aqui uma excelente oportunidade para demonstrar a sua efectiva e genuína solidariedade ao Haiti, abrindo os cordões à bolsa e ajudarem naquela tarefa hercúlea. Mas sem se esconderem atrás do Estado que serve sempre para mascarar quem, de facto, ajuda e quem finge que ajuda à sombra do discurso oficial do Estado e do lado mais institucional da cooperação. Seria interessante registar quem, de facto, e à margem dos canais oficiais que canaliza a cooperação humanitária e financeira para o Haiti, está disponível para contribuir para recuperar aquele território, talvez assim se rasgasse um novo campo de possibilidades para reformular o combate à pobreza em Portugal, que também é uma outra modalidade de tragédia do Haiti, com a pequena grande diferença de que por cá as pessoas ainda não morrem soterradas nos escombros dos edifícios destruídos, razão mais do que suficiente para mobilizar os portugueses na ajuda afectiva ao Haiti.
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