quarta-feira

O Almirante Pinheiro de Azevedo e as relações Belém - S. Bento hoje

Portugal vive uma grave crise económica, financeira e social. Soma-se uma crise política cuja tensão conduz a comportamentos e atitudes disparatados nas actuais relações Belém - S. Bento. Ambos os titulares destes dois órgãos de soberania falam-se públicamente mas agridem-se na oficiosidade das relações por interpostas pessoas. O que prenuncia um péssimo ano de 2010, ano de vésperas de eleições presidenciais cujo locatário é, hoje, uma espécie de "chefe de banda" da oposição que lidera e federa a coligação negativa ao governo (dentro e fora do Parlamento) - diante do vazio estratégico e de liderança gerado nesse "saco de gatos" e "albergue espanhol" em que há anos se converteu o PSD. Zita Seabra, ex-comunista e discípula de Álvaro Cunhal, ainda assume a liderança do partido fundado por Francisco Sá Carneiro e Pinto Balsemão... Todo este caldo de cultura evocou-me o grande Almirante Pinheiro de Azevedo, cujo à vontade de gestos e de linguagem espelha bem um Portugal autentico que ainda não desapareceu, embora esteja mais oculto, polido e refinado nas actuais "maldades" com que Belém e S. Bento se continuam a prendar nestas vésperas de Natal do ano de 2009 que finda.

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