Popularidade de Berlusconi subiu sete pontos.
NOTA PRÉVIA:
SÃO A MESMA PESSOA, MAS HOJE O DA ESQUERDA VALE MAIS UNS PONTOS DO QUE O OUTRO. O QUE REVELA BEM COMO HOJE FUNCIONA A DEMOCRACIA DE OPINIÃO. OU SEJA, QUANTO MAIS "PANCADARIA" MAIS VITIMIZAÇÃO, LOGO MAIS SCORE ELEITORAL. A DEMOCRACIA CONDENA A VIOLÊNCIA, APELA AO DIÁLOGO E À NEGOCIAÇÃO, MAS TAMBÉM DEVIA AFASTAR O POPULISMO E FILTRAR A VITIMIZAÇÃO. ATÉ APETECE DIZER: UMA BOA SOVA FAZ DO CANDIDATO UM VENCEDOR. ESPEREMOS, CONTUDO, QUE A MODA NÃO PEGUE EM PORTUGUGAL, ATÉ PORQUE JÁ NO PASSADO MÁRIO SOARES SOFREU UNS EMPURRÕES NA MARINHA GRANDE E CAVACO, EM 2011, PREPARA-SE PARA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS APESAR DE JÁ ANDAR EM CAMPANHA HÁ 4 ANOS. EM RIGOR, A DEMOCRACIA EUROPEIA CONVERTEU-SE NUMA COMÉDIA COLORIDA POR UNS PINGOS DE SANGUE PARA ANIMAR AS MASSAS.
Uma semana depois de ter sido agredido, Silvio Berlusconi lançou ontem uma nova mensagem aos seguidores do Povo da Liberdade (PdL). Vai “seguir em frente, pelo bem do país”, depois das “manifestações de apoio destes dias” que o “emocionaram” e lhe deram “mais força interior”. Público
A melhor prova dessas manifestações de apoio tinha chegado horas antes, numa sondagem do instituto ISPO publicada no diário “Corriere della Sera”: segundo este inquérito, a taxa de aprovação do primeiro-ministro italiano subiu de novo acima dos 50 por cento depois do ataque que sofreu e que lhe deixou o nariz e dentes partidos.
A popularidade de “il Cavalieri” está agora nos 55,9 por cento - era de 48,6 a meio de Novembro. O politólogo Renato Mannheimer disse que a subida era mais evidente entre os jovens e os católicos praticantes. Mas até entre o centro-esquerda há uma subida, com 17 por cento dos eleitores da oposição a darem a Berlusconi nota positiva.
O ataque de 13 de Dezembro, levado a cabo por um homem de 42 anos, Massimo Tartaglia, chocou muitos italianos. Tartaglia teve doenças mentais e não tem qualquer ligação a movimentos políticos. Mas Berlusconi e os seus aliados responsabilizaram o clima de ódio que dizem ser alimentado pela oposição.
“Está claro para todos que se é dito que um primeiro-ministro corrompe adolescentes e testemunhas em tribunal, é alguém que mata a liberdade de imprensa, é um mafioso, um assassino em massa e um tirano, que uma mente fraca pode convencer-se de que matar o tirano fará de si um herói nacional”, afirmou Silvio Berlusconi, citado pela agência de notícias italiana Ansa.
O milionário, que deixou o hospital na quinta-feira e está a convalescer na sua casa de Milão, acrescentou: “Dois em três italianos estão do nosso lado na crença de que o amor e a solidariedade vencem sempre contra a inveja e o ódio”.
Políticos de todas as áreas expressaram a sua solidariedade com Berlusconi, mas o país continua muito polarizado.
Mannheimer também diz, a partir de inquéritos do ISPO e outros da última semana, que 20 a 25 por cento dos italianos apoiam o atacante, considerando que Berlusconi “é perigoso para o país”.
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