domingo

Isabel dos Santos compra 10 por cento da ZON por 160 milhões de euros

CGD, Isabel dos Santos e BPI serão, por esta ordem, os maiores accionistas.
Isabel dos Santos compra 10 por cento da ZON por 160 milhões de euros.
CGD, Isabel dos Santos e BPI serão, por esta ordem, os maiores accionistas A empresária angolana Isabel dos Santos vai comprar dez por cento do capital da ZON, por mais de 160 milhões de euros.
Isabel dos Santos vai comprar parte da posição da CGD (2,5 por cento) e da Cinveste (2,97 por cento) e ainda acções próprias da Zon (4,53 por cento).
O negócio está avaliado em mais de 160 milhões de euros, e pressupõe um prémio de cerca de 26 por cento face à última cotação dos títulos da Zon.
O acordo, que foi aprovado hoje, fará da filha do presidente angolano a segunda maior accionista da ZON, a seguir à CGD, que ficará com 12,5 por cento do capital. O BPI continuará a ser o terceiro maior accionista, com quase 9 por cento.
Além da entrada no capital, Isabel dos Santos terá também um papel de relevo na estratégia de internacionalização da ZON, assumindo-se como a sócia maioritária da empresa através da qual a dona da TV Cabo quer lançar uma operação de televisão por satélite, já no primeiro trimestre de 2010.
A operação de compra de acções será realizada através da Kento, holding pessoal da empresária, que pagará 5,3 euros por cada acção (mais de trinta milhões de títulos).
Segundo um comunicado conjunto das empresas, a intenção de investir na ZON foi manifestada por Isabel dos Santos no processo de concretização da referida joint-venture, que será detida em 30 por cento pela ZON e em 70 por cento pela SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações.
Na mesma nota, fonte oficial da Kento frisa que o investimento "é a demonstração da confiança depositada na economia e nas empresas portuguesas, e em particular na ZON Multimédia e na sua equipa de gestão", acrescentando que “a tomada da posição foi bem acolhida pela generalidade dos principais accionistas da ZON".
Já o presidente da comissão executiva da empresa, Rodrigo Costa, sublinhou que o negócio “consolida a estratégia de internacionalização em que a empresa muito investiu ao longo do último ano". O CEO da ZON disse ainda que a entrada em Angola é "um passo importante numa estratégia mais ampla de desenvolvimento de operações no continente africano".
Obs: Digamos que o capital não tem cor, nem cheiro, nem nacionalidade. Daqui perguntamos aos accionistas da Zon se os dividendos que obtém são, em parte, canalizados para obras sociais num país em que larga faixa da população vive com menos de 1dólar por dia. Perguntamos também aos altos responsáveis da Zon se já ouviram falar duma coisa que responde pelo nome: responsabilidade social das empresas!?