sexta-feira

EUA e China procuram consenso em Copenhaga

Pela segunda vez esta sexta-feira o Presidente norte-americano e o Primeiro-ministro chinês estão reunidos na capital dinamarquesa. É uma nova tentativa para ultrapassar as divergências na cimeira do clima em Copenhaga.
Um encontro bilateral para discutir as diferenças entre os dois países, que estão na base do maior obstáculo a um entendimento.
Os Estados Unidos exigem um sistema de verificação internacional do cumprimento das medidas que vierem a ser aprovadas, nomeadamente o corte de emissões e o financiamento aos países em desenvolvimento, mas a China recusa essa situação.
Também esta tarde os lideres da União Europeia estiveram reunidos de urgência.
Nos corredores da cimeira circula uma proposta de acordo, mas, neste momento, domina a contra-informação. Uma das propostas é a redução global das emissões de gases poluentes em 50% até 2050. Para os países ricos, a meta é de 80%.
Crise no ambiente é também crise moral
A Santa Sé participa também nesta cimeira de Copenhaga na qualidade de observador.
Na intervenção perante o plenário, o enviado do Vaticano afirmou que a crise no ambiente é também uma crise moral e é necessário um novo modelo de desenvolvimento.
O núncio apostólico da ONU sublinhou que tal é necessário face à crise moral e cultural do homem, com sintomas evidentes em todo o mundo, em áreas como a economia e o ambiente. Uma crise que é também, nas palavras do Arcebispo, uma ocasião de discernimento e novo pensamento.
O representante da Santa Sé diz que é preciso recolher análises cientificas e detalhadas para evitar ansiedades e medos de muitos e o cinismo e indiferença de outros.
O núncio apostólico da ONU lembrou o esforço de eficiência energética na cidade do Vaticano, sublinhando que é preciso salvaguardar a criação sobre a forma de solo, água e ar, como um dom entregue a todos, mas sobretudo impedir o homem de se auto-destruir.
A forma como a humanidade trata o ambiente, é a forma como se trata a si própria, acrescentou o Arcebispo.
OIKOS alerta
O impacto das alterações climáticas nas próximas décadas vai agravar a situação das populações nos países mais pobres.
O alerta parte da OIKOS, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento.
João Fernandes, presidente desta organização, sublinha que o impacto nos recursos alimentares vai afectar a vida de milhões de pessoas.
O presidente da OIKOS sublinha a importância de se chegar a um acordo em Copenhaga ao nível do apoio financeiro e transferência de tecnologia para os países mais pobres.
Obs: Digamos que a China ainda vive e pensa como se estivesse no tempo da Revolução industrial. Pressione-se a China a ceder e a "ambientalizar-se" em prol dos global commons.