Desemprego em Portugal pode chegar aos 15%
Desemprego em Portugal pode chegar aos 15%
Económico
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A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 10,2% em Outubro, o valor mais elevado de sempre.
Os economistas não prevêem uma descida dos números do desemprego e chegam mesmo a estimar uma subida da taxa até aos 15%
"Julgo que a taxa de desemprego poderá chegar aos 15% quando as ajudas do Governo às empresas, à formação profissional e aos estágios terminar, seja por razões orçamentais, seja por razões estratégicas", afirmou o economista Carlos Pereira da Silva, citado pela ‘Lusa'.
A opinião é partilhada pelo ex-ministro da Segurança Social, Bagão Félix, que admite que a taxa de desemprego ainda aumentará em 2010, em termos homólogos, por um lado porque o crescimento do PIB será ainda "incipiente" e, por outro lado, "por causa do fim das medidas públicas de ataque à crise".
Para o economista e ex-ministro do Trabalho, a principal diferença entre a situação no mercado de trabalho depois desta crise ou face a anteriores crises é precisamente que "a recuperação para níveis menos preocupantes da taxa de desemprego vai ser mais difícil e lenta".
Já o sociólogo Pedro Adão e Silva diz que o mais provável é que ocorra "uma espécie de congelamento" do mercado de trabalho. "Ainda assim, o ritmo de destruição de postos de trabalho abrandará", acrescentou.
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal avançou para 10,2% em Outubro, o valor mais elevado de que há registo.
Os últimos dados do gabinete de estatísticas comunitário mostraram ainda que Portugal é o país da União Europeia que mais empregos destruiu no terceiro trimestre, tendo o mercado de trabalho sofrido uma contracção de 1,1%, bem acima da média europeia de 0,5%. Obs: Pergunte-se ao PR, Cavaco se não quer por os seus altos conhecimentos de economia ao serviço do governo e do país na busca de soluções sociais e económicas alternativas ao actual estado de coisas. Sempre seria um pretexto para dizer aos portugueses que o lugar de PR serve para algo que vá além da situação corta-fitas e fazer declarações avulsas sem consequências práticas.
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