A miopia do PSD, amputação para o país
Defeitos da visão
Miopia – dificuldade em ver ao longe.
Corrige-se com lentes divergentes, i.é, arranjando um candidato credível
Hipermetropia – dificuldade em ver ao perto, Ferreira Leite no seu melhor...
Corrige-se com lentes convergentes, mas as de Pacheco Pereira, o filósofo da Marmeleira, também não servem.
Presbitia ou presbiopia ou vista cansada – dificuldade em ver ao perto e que geralmente tem a haver com a idade. No caso de Ferreira Leite, o mal não se confina apenas à idade, por vezes a idade até é uma vantagem. Não é o caso.
Astigmatismo – dificuldade em ver ao longe e ao perto. Cá temos o retrato do actual PSD...
A miopia do PSD, amputação para o país
Um grande clube de futebol joga aquilo que o outro deixa jogar, é assim também com o governo de um país que governa em função do seu programa, da sua ideologia, das condições de governabilidade que encontra no terreno mas também, naturalmente, com aquilo que pensa e faz o maior partido da oposição. Neste caso, o PSD tem sido a notícia do ano pela negativa, pois desde o Congresso de Guimarães que o partido fundado por Francisco Sá Carneiro está líder, sem projecto e também já há muito perdeu a sua identidade, hoje não passa dum "albergue espanhol". Mas esta miopia do PSD não é apenas nociva para o partido hoje dirigido por uma espécie de chefe do economato de um departamento de um clube de futebol da 3ª divisão, ele é também negativo para o país no seu tecido conjuntivo. Pois um país cujo maior partido da oposição não tem ideias para apresentar no Parlamento, fiscaliza mal o governo, não contribui com projectos alternativos para a sociedade e, por essa razão, o PSD actual é, hoje, uma erva daninha na democracia e na sociedade portuguesa. É como se o sistema partidário nacional sofresse duma externalidade negativa por parte do PSD, não tanto pela sua história e contributos que tem dado ao país nestes últimos 35 anos de democracia, mas porque a actual liderança representa toda aquela poluição que salta para a sociedade e não se atém apenas aos rios. É assim hoje o PSD, não mata apenas os peixes do rio, intoxica também o ambiente envolvente deixando, por aquelas omissões, incapacidades e erros que vimos, custos terríveis na sociedade, já que os mercados são irresponsáveis nem têm formas de compensar a sua própria miopia. Por isso advogamos aqui que o ano de 2010 também deverá ser um bom ano para o maior partido da oposição, sendo, com isso, também um melhor ano para o país e para os portugueses. Numa palavra, o PSD deve imediatamente deixar de ser uma externalidade negativa para passar a ser uma externalidade positiva para a sociedade. No fundo, uma liderança de jeito para o PSD é a prenda que falta ao partido neste natal.
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