A justificação de Marcelo à "insustentável leveza do ser" que é Ferreira Leite
Marcelo hoje esteve bem ao afirmar que caso o Governo não nacionalizasse - em tempo útil - (como fez) o BPN - o desastre para a economia nacional seria maior. Ou seja, ao instalar-se o clima generalizado de desconfiança no mercado financeiro com todos os aforradores a desejarem levantar as suas economias - o pânico instalar-se-ía na economia e as desvantagens seriam evientemente muito maiores do que as que hoje decorrem do investimento da CGD no BPN - que ainda tem activos para ressarcir o banco do Estado e repôr algum do capital investido para salvar o banco e, mais importante, proteger a economia. Mas há sempre meia dúzia de oportunistas armados aos cucos da economia prêt à porter que imputam à nacionalização um mal maior. São os habituais pobres de espírito. Quanto à justificação que deu para remendar os estragos que deixou em Ferreira leite a semana passada também, confesso, me pareceram razoáveis, apesar de Marcelo não falar toda a verdade, porque essa seria dramática para leite. Assim, deixe-se que a Manuela faça as suas "novas fronteiras" pelo País, um ciclo de conferências para falar "Verdade" - como diz a Manela. Depois desse ciclo, para retomar o filão de Marcelo, ou as sondagens se invertem e empurram a Manela para o amarelo a caminho do verde; ou, não se invertem e aí Marcelo tem razão no diagnóstico que hoje faz à Manela (que ficará no vermelho) - e que é do conhecimento de todos. Pergunto-me é porque razão Marcelo ainda dá uma nota de crédito a Leite... Só por cortezia o poderá fazer, no seu íntimo o comentador sabe de ciência certa que esta líder não vai além da Av. Infante Santo, i.é, nunca descolará do vermelho. Também ratificamos a posição de Marcelo quando critica o PM ao eleger a regionalização, os casamentos gays e a eutanásia como se fossem objectivos imediatos ou prioridades do país. Não o são. E não o sendo, penso que Sócrates deveria ter pensado noutras temáticas para falar no momento em que se sagrou - pela 3ª vez, secretário geral do PS. Mas como andamos todos cansados da palavra crise, a tendência - para espantar o mal, é falar doutro assunto. Ainda que ele não desapareça com esse expediente. Ou seja, não é por virarmos as costas ao "touro", que representa o obstáculo, que ele não deixa de estar lá... E estando, pode dar-nos uma marrada. Por último, também apreciei Marcelo dizer que não é comissário político do PSD. O que seria grave se viesse a sê-lo. E trágico com esta líder.. Eu, modestamente, no caso do comentador não iria tão longe. Pergunto-me porque teve razão de o fazer.
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