segunda-feira

Uma troika de artistas: autenticidade, entretenimento e ilusão

Vanessa Fernandes e o cão que, supostamente, já começou a ser treinado para o triatlo: o triatlo canino. Além duma grande atleta, Vanessa transpira autenticidade. Este outro artista está mais vocacionado para o entretenimento, e fá-lo com êxito porque entre a representação e a realidade existe uma correlação perfeita que os mais atentos entendem. É que em todas as aldeias há sempre um maluquinho que imputa aos outros os seus próprios males sem, com isso, deixar de ter razão. Aqui o artista representa eficazmente essa realidade. Eis o artista do entretenimento. Aqui vemos o eloquente Ângelo Correia, que adora ouvir-se naqueles monólogos infindáveis, aplicar um golpe de karaté-old-kid ao silêncio comprometedor da madrinha do António Preto, Ferreira leite. A senhora não fala, não aparece, desgosta dos holofotes - e ao não falar e dar um raio de luz da sua presença Ângelo acha que se está diante dum fantasma. E é capaz de ter razão, pois fantasma era o que eu veria se visse a senhora à 3 da madrugada na minha cozinha.
Enfim, é o psd que temos, cada vez mais desavindo entre si - com analistas a poderem serem líderes, e líderes que não sabem o que isso é a continuarem a serem "líderes". E depois de brilhante análise, a hiper-racionalidade de Ângelo conclui desta forma: o PS está perdido nas mãos do PSD.
Só faltou perguntar ao eloquente Ângelo se amanhã ele também apoiará o António Preto se este vier a candidatar-se, já que Ângelo apoia sempre o novo candidato que se apresenta.
Qualquer dia engana-se e apoia-se a si próprio, depois inventa uma 2ª volta num qualquer Congresso marado e vota contra si.
Ângelo é, de facto, o artista-ilusão.