domingo

Putin, o novel Ivan - o Terrível da Rússia. Semelhanças/diferenças. Tributo a Sergei Eisenstein. Sinistralidade política na Madeira

A ORIGEM DA MALDADE.
TRIBUTO A EISENSTEIN
O povo prefere sempre um tirano ao caos. Daí a opção por Putin e ao seu derivado: um sub-produto denominado Medvedev totalmente teleguiado, um neurónio prostituído que jamais adquirirá personalidade própria.
As lições do passado da história da Rússia imperial estão hoje a encontrar um criminoso paralelo na acção virulenta de Putin ao invadir a Geórgia e a esmagar e humilhar os georgianos. Tirando os que foram assassinados gratuitamente, este conflito já fez mais de 100 mil refugiados: pessoas que se encontram com fome, doentes e traumatizadas por esta loucura cometida por um doental mental que controla o aparelho de poder político e militar russo. Uma acção militar que nem os próprios militares russos no terreno compreendem e até criticam, o mesmo é reconhecer a loucura dos criminosos de Estado que os lideram e estão por trás desta violação grave do direito internacional e da soberania de um Estado independente reconhecido pela ONU.
Então, onde radicam as razões ou as motivações deste crime de Estado teleguiado pelo ex-KGB Putin - contra a Geórgia?
Em primeiro lugar, começa a ser gritante o paralelismo entre Ivan, o Terrível e Putin. O perfil do czar russo que arrasou cidades e matou milhares de pessoas cola bem à mente doentia de Putin e à sua obsessão pelo poder.
Contudo, existe uma diferença de monta entre ambos: Ivan invadiu e matou milhares de pessoas (Putin também), mas o facto é que Ivan conseguiu governar e fez da Rússia uma nação moderna, semente futura da qual nasceria um grande império mundial. Putin só arranjar sarilhos e perde a face perante o mundo, que já não é o mesmo da Guerra Fria - onde ele cresceu e se formatou.
Depois Ivan conquistou as terras ao longo do rio Volga em direcção à Sibéria. Mas apesar das suas acções políticas, Ivan é hoje recordado mais pela sua conduta pessoal, punitiva por excelência. Sempre muito rápido na punição e na execução daqueles que se opunham ao seu poder absoluto ou mostravam qualquer resistência aos seus projectos e ambições. Aqui Putin acompanha Ivan, ambos maus, ambos terríveis, revelando uma ausência de sentimento pela dor que causam a terceiros. Uma espécie de psicopatia (e de psicopatas) de Estado.
Ivan tinha um apetitie sexual enorme. Formalmente, tinha sete esposas e cerca de meia centena de concubinas. Aqui, porventura, o paralelo com o autocrata russo no séc. XXI será, porventura, descabido. Ivan expandiu o território da Rússia, mas deixou o país na bancarrota e com um descontentamento crescente junto das populações.
Morreu em 1584, enquanto jogava xadrez. Putin também morrerá um dia, porventura de forma não pacífica.
IVAN THE TERRIBLE - 1944 - Sergei Eisenstein

Por outro lado, enquanto que Ivan estabeleceu relações comerciais com o Ocidente, após ter absorvido a Sibéria no séc. XVI, hoje Putin o que faz (?) - senão esmagar e assassinar pessoas de um Estado vizinho, fraco, desmilitarizado e vulnerável. Putin está, assim, em vias de ser expulso do G8 e de ver barrada a sua entrada na Organização Mundial de Comércio (OMC).
Resultando desse isolamento politico-diplomático um subdesenvolvimento para a economia da federação russa, ainda bastante primária na produção de bens e serviços de elevada qualidade. Pois trata-se duma economia que ainda não se civilizou nem deu o salto tecnológico.
Neste ponto Ivan, o Terrível e Putin convergem: ambos têm uma capacidade nata para a crueldade excessiva. Digamos que o que lhe falta em capacidade estratégica e visão de sociedade sobra-lhe em maldade, vingança, crueldade. Tudo condições e factores - a avaliar por esta prova terrível que é hoje a Geórgia - que fazem de Putin o novel Ivan - o Terrível do séc. XXI. Armado pela sua sempre leal polícia secreta, sempre dispostos a torturar e envenenar os ditos traidores e suspeitos ou acusados de rebelião.
A conduta de Ivan - em boa parte foi explicada pela sua conturbada infância: ficou órfão aos 8 anos, foi obrigado a ficar refém dentro do Kremlin, onde assistiu aos conflitos intermináveis entre as várias facções dos boiardos, compostos pelas famílias com grande poder que queriam governar os seus próprios - como se de governos nacionais se tratassem. Depois Ivan foi também obrigado a assistir às sessões de tortura e execuções pelos nobres - que mantinham os seus feudos e desenvolviam pólos de comércio que nem sempre convergiam com aquilo que modernamente se denominou interesse nacional.
É isso que Putin faz em inúmeros actos da sua pseudo-governação: priveligia o aparelho militar em detrimento do investimento no chamado capital-social (educação, saúde, cultura, ambiente); elimina físicamente opositores ou suspeitos do seu regime. Assume, na esfera externa, um quadro de relações conflituosas com os vizinhos próximos, cujos territórios se tornaram independentes e que Putin hoje trata como meros feudos que (ainda) gravitam subservientemente em torno de Moscovo. Como se história tivesse parado à porta do Muro de Berlim, e este se mantivesse intacto dentro dos pobres neurónios do autocrata que hoje teleguia a Rússia através de um testa-de-ferro chamado Medvedev.
Depois ainda poderíamos alinhar uma série de comparações entre Ivan - o Terrível e Putin em matéria de criação tropas de elite, de um exército profissional (quase privado) cujos fins são incompatíveis com o chamado bem comum e interesse nacional. Salvo se se considerarem estes conceitos com o reforço do poder poder pessoal (privatístico) de Putin dentro do aparelho politico-militar que controla.
Sobrevem ainda uma mania ligada à violência, típica, aliás, das pessoas oriundas do meio da espionagem, onde Putin cresceu e parou no tempo.
Ivan The Terrible - Part 1, 1943, by Sergei Eisenstein

Ivan The Terrible - Trailer (1945)
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Sinistralidade política na Madeira - as usual

Todos os anos, pelo Verão, Al berto João jardim executa um número de circo - fazendo do seu povo - gente humilde, paciente e crédula - gente alienada - que acredita nas suas babuseiras, planos místicos, projectos rocambulescos e demais loucuras engendradas por uma mente irregular, histriónica e polar que governa a ilha da Madeira hà mais de três décadas, como se de um pequeno ditador se tratasse.

- Não é Sócrates que condiciona a imprensa com subsídios e interferências directas nas direcções editoriais dos pasquins regionais, é o Al berto;

- Não é Sócrates quem emprega os milhares de "afilhados" na administração pública regional, é o Al berto.

É certo que muita obra se fez na Madeira desde 1974, mas com a quantidade de milhões de cts para lá transferidos até um mau gestor duma empresa pública falida faria figura.

O povo da Madeira merecia melhor. Até quando durará mais esta tourada carnavalesca?!