Nelson Évora - é medalha d´ouro no Triplo Salto com 17,74. Brilhante, genial, "translumbrante". O sr. Vicente Moura e o papagaio...

Depois de ter batido o seu récord com um salto de 17,56m - Nelson Évora - superou-se hoje novamente com um super-salto de 17,74 m, com que hoje arrecada a medalha d'ouro. Genial. Com isto até Vicente Moura já quer regressar à direcção do Comité Olímpico Português.

(sete pontos de bonificação dados pelo Macro pela elegância, classe e humildade que o atleta sempre revela).

Apesar de muito jovem, Nelson Évora já deixou uma marca forte no atletismo internacional. O novo campeão olímpico de triplo salto nasceu na Costa do Marfim, filho de pais cabo-verdianos, mas escolheu a bandeira portuguesa como sua. Aos 24 anos de idade, completados a 20 de Abril, confirmou em Pequim o título de rei do planeta na especialidade. Os Jogos de Pequim vêm coroar uma carreira construída de forma crescente e equilibrada. Nelson Évora começou no atletismo logo nas disciplinas técnicas: salto em comprimento e triplo salto. Em Portugal, representou o Benfica e passou uma temporada no F.C. Porto, mas acabou por regressar ao clube do coração.

O saltador português diz levar uma vida pacata, em conformidade com as suas necessidades enquanto atleta de alto rendimento. Entrou em 2007 para a universidade, onde frequenta o curso de marketing e publicidade, tendo recusado vários convites de universidades americanas para rumar aos Estados Unidos, optando por prosseguir em Portugal uma carreira desportiva que, depois desta consagração, anuncia ainda mais sucessos futuros.

É impossível não lembrar os primeiros momentos de atletismo de Nelson Évora, caracterizados por uma humildade notável. O atleta que nunca escondeu, no entanto, o veia de campeão que agora o leva ao lugar mais alto do pódio olímpico. Pela sua personalidade, o saltador sempre conquistou os colegas da modalidade fora e dentro das pistas e agora deixa rendido o mundo.

Na primeira vez que vestiu a camisola de Portugal, o saltador, natural de Cabo Verde, arrancou o primeiro lugar, no salto em comprimento, em 2001, no Festival Olímpico da Juventude Europeia. Nelson Évora tinha somente 17 anos.

Em 2003, Nelson Évora venceu o Europeu de Juniores, em salto em comprimento e triplo salto, na Finlândia. O pupilo de João Ganso não ficou por aqui e no Campoenato do Mundo de Pista Coberta, em Moscovo, situou-se entre os melhores saltadores do mundo, ao ser sexto classificado.

Com a conquista da medalha de ouro em Pequim, Nélson Évora chega ao ponto mais alto da sua carreira, superando ainda as emoções desencadeadas pelo seu título mundial em Osaka, em 2007, onde superou as legítimas expectativas que o seu 9º lugar no ranking mundial, à partida para os Campeonatos, já suscitava. Com 17,74 fixou então um recorde nacional de altíssimo nível. Desta vez, 17,67 m, melhor marca de 2008, foram suficientes para a glória.

Obs: Erga-se uma estátua ao Homem ao lado da do Eusébio. Em todo o caso, sugira-se ao atleta Nelson Évora, e restante comitiva, que façam o regresso a Portugal de barco. Hoje andar de avião tornou-se deveras perigoso.

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LAMENTÁVEL

Este senhor na imagem supra chama-se Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico Português/COP. A sua conduta, ao ter afirmado demitir-se do COP na sequência dos magros resultados dos nossos atletas de que foi co-responsável, traduziu uma certa coerência de princípio. Hoje, só porque Nelson Évora conquistou a medalha de ouro com o seu triplo salto de 17,74m o sr. Vicente, que é um desavergonhado, veio a público reiterar precisamente o contrário, mostrando-se disponível para presidir ao COP por mais 4 anos. No tempo de 48h. o sujeito diz uma coisa e o seu contrário.

Ora, isto revela o pior que o povo acusa - por vezes com razão - o comportamento dos agentes políticos. De serem uns vira-casacas e de navegarem ao sabor das circunstâncias e dos resultados que vão conseguindo à custa alheia. Mas no caso do sr. Moura - ele, em rigor, não conseguiu rigorosamente nada, nem motivar os atletas. Apenas aproveitou a boleia de Nelson Évora e parasitou uns cêntimetros do salto voador do nosso atleta.

Por isso, é lamentável que o sr. Moura tenha feito esse aproveitamento miserável ao nível da política desportiva em Portugal para, à custa do esforço, profissionalismo e brio de Nelson Évora - fazer política pessoal sem, com isso, Portugal e as estruturas desportivas no seu conjunto - ganharem algo.

O sr. Moura representa o oportunismo puro e duro da política desportiva em Portugal. Aparece-nos aqui com este ar angelical, mas a sua conduta é objecto de um study-case de parasitismo desportivo em Portugal.

Quer o Ministro da Presidência, Pedro Silva, quer o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, já há muito que lhe deviam ter tirado a confiança política, abrindo, assim, o caminho a outros gestores desportivos mais qualificados a fim de puderem fazer mais e melhor pelo desporto profissional em Portugal e pela melhoria das condições de treino e de vida dos nossos atletas.

O PAPAGAIO PERDIDO

Informam-se os lisboetas que a recompensa-compensa. Hoje nenhum português apostaria metade desse valor no sr. Vicente Moura...