terça-feira

Guterres a face da democracia e do solidarismo global; Rússia de Putin é a face da ditadura, opressão e do fingimento. A arte da mentira

IMAGENS, VALORES E FILOSOFIAS DE VIDA CONTRASTANTES
António Guterres na sua qualidade de Alto Comissário para os refugiados da ONU sabe bem qual é a diferença entre uma Democracia e uma Ditadura: naquela quando nos tocam à porta pode ser um amigo, o carteiro; nesta quando nos batem à porta é o KGB que vai prender o dono da casa por suspeita de algo. Na democracia existe a salvaguarda de liberdades e de direitos, numa ditadura esses direitos são atropelados, por vezes com sacrifício da própria vida. Guterres representa hoje o poder do solidarismo global de apoio aos refugiados que sempre existem na sequência de catástrofes naturais e de conflitos engendrados pelo macaco-homem. Putin é, hoje, o paradigma da maldade, da vingança, do nepotismo de Estado para mero gaúdio privado e, assim, admoesta as ex-repúblicas soviéticas e dar uma lição de força ao mundo - cuja miséria humana carece de apoio humanitário e de corredores que possam garantir essa distribuição de bens em condições de segurança. Dado que existem hoje milhares de refugiados, para cima de 100 mil, com fome e a precisar de cuidados de saúde na sequência das loucuras criminosas de Putin.

Aqui vemos a personificação pura e dura do olhar da maldade, o conflito encerrado dentro do próprio, a origem do mal no Caúcaso e, no fundo, o rosto do fingimento e da mentira, sua irmã - na velha lógica do poder estalinista que visa cilindrar qualquer oposição interna e proceder ao esmagamento militar dos adversários externos. Eis o que o novo Ivan - o Terrível - está a executar na Geórgia, violando pessoas e, agora, depois de ter assinado o acordo que estabelece a retirada, a violar também a palavra dada, própria dos trogloditas das Estepes que apenas conhecem a linguagem da força e das armas.

Hoje quando avaliamaos a forma como a Rússia de Putin está a manipular a retirada - não retirando - somos obrigados a recuperar os chamados efeitos políticos do fingimento, e dos seus fundamentos físicos e espirituais.

Tais efeitos remetem-nos para uma reflexão política maior, que tem lugar desde a República de Platão até ao Príncipe de Nicolau de Maquiavel assim formulada:

  • Dever-se-á, para seu bem, esconder a verdade ao povo, enganá-lo com vista à sua salvação?!

Eis a arte da mentira em todo o seu esplendor manuseada pela Rússia de Putin e Medvedev naquilo que designam retirada - não retirando - como forma de ganhar tempo, ludibriar o Ocidente e a vítima, a Geórgia, e, com isso, dizer ao mundo que é a Rússia que manda naquele quintal, mostrando aos EUA o preço que teve o seu apoio à independência do Kosovo.

A demonstração cabal deste crime de Estado russo encontra fundamento nas respostas dadas pelos próprios militares russos que alí se encontram a fazer o frete ao idiota Putin, não encontrando um sentido para aquela missão nem para a própria vida nem ao regime que servem. Reagindo com indiferença e até com algum capital de recriminação que se deveria virar contra o próprio ditador, Putin, o instigador deste crime de Estado.

Putin, como criminoso, é também um pérfido mentiroso, técnicas que prostituem as ditaduras que servem, aliementam e se retroalimentam na esperança de que esse sistema se perpetue no tempo.

As ditaduras sempre se alimentaram do conflito, do sangue, da tortura e da mentira. As características que hoje poderiam definir Putin, o Terrível - do séc. XXI. O intrujão do Cáucaso.

Sendo certo que a ciência mais ampla decorre da usança dessa techné e arte do fingimento, que até teria piada senão fizesse milhares de mortos e destruisse casas, bens, valores e representar um atentado contra a própria Humanidade.

Por estas razões Putin deveria ser levado ao Tribunal Penal Internacional e ser julgado como genocida, ao lado doutros canalhas da História.