A jardinização mendista: a subserviência política mais humilhante que um líder nacional presta a um ditador travestido de democrata regional
Só lhe falta chamar Pai, paizinho compra-me um chupa-chupa...
Esta foto, picada no Expresso, diz tudo deste "líder": um Mendes rendido e olhando com admiração o seu novel guia-espiritual apenas para ganhar uns votinhos nas directas e, assim, garantir a sua manutenção à frente deste miserável PsD. Foi para isso que ele foi ao Chão da Lagoa no Funchal beber a Poncha nas barraquinhas do costume, tendo como pano de fundo o boicote à lei do aborto. Infelizmente, tudo serve para fazer gincana política, e logo com essa matéria e após ter sido votada em referendo.
Mas o mais curioso é que a propaganda regional sobre MMendes não diz uma linha, tal o desprezo a que o Alberto o vota. Vejamos:
Ribeira abaixo, ribeira acima, numa das ruas principais do Funchal, o carro anuncia no altifalante a segunda cabeça de cartaz do mais concorrido arraial do arquipélago. «Tony Carreira e sua banda» vão estar «ao vivo» no planalto do Chão da Lagoa, nos arredores da cidade. Já a terceira cabeça de cartaz (a primeira toda a gente está farta de saber quem é) nem uma linha tem dedicada a si nos folhetos promocionais da festa anual do PSD-Madeira. Marques Mendes, presidente do PSD, parece estar por sua conta e risco na vinda à maior concentração de sociais-democratas em Portugal, com uma fila infernal de 190 autocarros e 40 mil militantes esperados (um sexto da população madeirense) a partir das oito da manhã. (in Expresso)
Ora tendo adversários tão fracos, demode e sem potencial de novidade, como é Luís Filipe Meneses (que também prestou vassalagem, embora mais subtilmente), pergunto-me por que razão MMendes joga na Madeira o seu tudo por tudo, a caminho do seu abismo político de 2009..., ante a cumplicidade tática e estratégica de Belém.
Esta obsessão pelo poder, mesmo sabendo que ele é fraco e precário dentro da actual estrutura do pSD, pode revelar várias coisas em MMendes:
1. Gostar de Poncha e apanhar um grande pifo para se alienar de tudo o resto;
2. Obsessão pelo poder, ainda que pífio ante um deserto de novidades no seu partido;
3. Candidatar-se ao guiness para ficar na história como o líder nacional que "melhor" (ou seja pior) se subordinou aos comandos do líder regional
4. Ser cúmplice duma estratégia de terra queimada para tentar convencer os portugueses que é o Al berto que tem razão em matéria de boicote à lei do aborto.
Pobre MMendes, nunca o vi fazer tamanho trabalho de contorcionismo político, assim ele deveria ir era para o circo Mariano alí no Campo Pequeno onde esses golpes de rins se fazem, mas aí é com nível e proficiência e o povo aplaude.
Aqui, porém, a proficiência não existe, o povo não aplaude e esta mancha política ficará para sempre agarrada às costas, à testa e aos olhinhos deste pequeno e sem importância líder do PsD moribundo. O mesmo que vai ao Chão da Lagoa embebedar-se politicamente com a justificação de que as leis da República só são aplicáveis na Madeira sempre e quando o Al berto quiser, e se forem acompanhadas das respectivas dotações orçamentais - no âmbito do já ritualizado proxenetismo político daquele ditador travestido de democrata.
Eis os reflexos quentes desta desgraçada silly season...
Até dá vontade de dizer: dê-se a independência compulsivamente ao Alberto e, na leva, exile-se também o MMendes que nem categoria tem para liderar a freguesia do Castelo...
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