sexta-feira

O criador e os herdeiros

Não é novidade para ninguém que a arqª Helena Roseta tem uma ambição maior do que ela, o que a deixa tensa e ansiosa, factores que a fazem querer galgar o tempo, o espaço e as pessoas que estão muito acima dela por mérito próprio. Mas ela não desiste, e como tal achou que com uma cartinha resolvia a questão. É óbvio que quem tem o poder nem às cartas d'amor responde quanto mais às cartas de H. Roseta - uma trânsfuga partidária em busca de identidade. Uma versão laranja e rosa de Zita Seabra que fez gala em desactualizar os ditâmes de Álvaro Cunhal quando um dia lhe disse: ó filha no dia em qua tu saíres do PCP nunca mais serás ninguém na vida.. E ela foi: pois publicou o livro do Santana Lopes que fez um tremendo sucesso ao lado do livro de Arlinda Mestre e da Paula Bobó (ou Bobone, nunca sei o nome certo).
Mas aqui a questão é política e pode-se geometrizar da seguinte forma: a quem subtrairá mais votos Helena Roseta: ao BE ou ao PS? É que por vezes vejo nas palavras e nas atitudes de Roseta uma pequena radical disfarçada de democrata. No fundo, a questão mantém-se, desta feita actualizada pelo actual canastrão da política lusa que esta semana não sabia o que havia de fazer para aparecer nos media senão escrever outra carta: ao Tribunal de Contas. E ao lado dum canastrão só poderia...
Nem de propósito. As voltas que Sá Carneiro deverá estar a dar no caixão.