segunda-feira

O "grande" Carmona e a fome política de SLopes. O tempo das vendettas

Desde que me conheço, do alto dos meus 40 anos, não me lembro que Lisboa tenha sido tão mal tratada por um bando de players que resolveram assaltar politicamente a Capital para satisfação de egos pessoais, atendimento de interesses particulares obscuros, guerrinhas entre figurantes da política e muita, muita má fé e má gestão na política portuguesa. Creio mesmo que nenhuma outra cidade - como Lisboa - foi tão amargamente prostituída por aquela mitigação de interesses cruzados que fizeram da Capital aquilo que ela hoje é: um saco de gatos e um alguidar de alacraus em que os interesses dos munícipes pouco ou nada interessam, e a sua economia regional, a ordenação do território, a globalidade das políticas urbanas reflectem esse estado de degração política da responsabilidade dos seguintes figurantes: Durão barroso, sLopes, carmona, MMendes. Indirectamente Sampaio, que também já foi edil da autarquia alfacinha, podendo, por isso, tê-la poupado a tão indigna situação. Mas a falta de visão toldou-lhe a racionalidade.
Durão sempre quis ser e ter uma carreira na Europa, estava no governo mas só pensava em ser o chefe de banda da Europa, aproveitou o trampolim da guerra do Iraque para dar esse golpe do baú, já que tinha atingido um dos seus sonhos, ser PM, a cimeira dos Azores serviu de mola; SLopes não é bem uma realidade, todo ele decorre duma composição de sonhos: ser edil da Figueira, da Capital, ser PM, ser PR, namorado da cinha Jardim, jornalista, pivot, creio até que - se tivesse jeito - desejaria ser condutor de Fórmula 1 - só para poder beneficiar da companhia daquelas magníficas mulheres que hoje jamais estarão ao seu alcance... Aproveitou a fuga de Durão para logo se insinuar, e à margem de tudo quanto era democrático agarrou no psd e subiu a PM, contra a opinião de Manela Ferreira leite e de mais uns quantos no partido da São caetano.
Com a sucessão das fugas, e com SLopes a discursar na Ajuda na sua tomada de posse a toque de caixa de Lexotan, a autarquia entrou em regime de vacuum político, e Carmona - então amigo de Lopes - ocupou a cadeira, muito embora o tenha feita em ruptura com o seu velho amigo, Lopes, e de mão dada com MMendes - que ainda hoje manda na autarquia de Lisboa, e por lá recruta e despede pessoal amigo, como quem gere os tomates e o feijão verde no quintal.
Enfim, tudo isto é lamentável, tresanda a negocismo na política, espelha a pior bandalheira na gestão duma cidade que deveria ser exemplar e os lisboetas é que perdem. Carmona, atolado de problemas de alegada corrupção, compadrio, cunhas e má gestão reage como se estivesse a sair da sauna e tudo fosse o melhor dos mundos possíveis. Não acredito que isto decorre apenas da sua estupidez política...
Hoje ninguém fala de e para Lisboa. Ninguém se preocupa em saber como a Globalização pode alavancar uma melhor urbanização e, com isso, gerar efeitos criativos na cidade. Ao invés, Lisboa só é notícia pelo pior, pelas alegadas redes de corrupção, parte interessada em negócio, demissões, vereadores anões, falta de dimensão política, má gestão, nepotismo, incapacidade humana, técnica e cultural na equipa e na "liderança" de carmona.
Se Lisboa é um aglomerado de pessoas, bens e serviços não se percebe como pode ela ser ao mesmo tempo um terreno de oportunidades. Hoje a cidade fragmenta mais do que potencia as tradições locais e as redes de energias existentes. Já nos bastava o crescimento económico zero, agora também temos na principal cidade do País uma nulidade a aguardar pelo estertor político, marginalizando ainda mais Lisboa, empurrando-a cada vez mais para a periferia da Europa incapaz de gerir tendências globais. E era isso - gerir tendências globais - que seria suposto pedir a esta maravilhosa e cosmopolita cidade das sete colinas
.
Quanto à liderança das grandes cidades também seria de esperar uma conduta personalizada crucial na promoção das agendas urbanas a fim de potenciar um perfil internacional das cidades. Mas com carmona a única coisa de que se ouve falar é mesmo de corrupção, compadrio, incapacidade, incompetência, enfim, morte política a prazo. E aqui Marcelo vem dizer ontem aquilo que nós já dizemos há meses: este executivo da tanga deveria demitir-se imediatamente e convocar novas eleições. E MMendes, sob pretexto formal de que os mandatos são para cumprir até ao fim, deveria ter um pinguinho de vergonha e deixar-se de formalidades pseudo-democráticas e atentar mais nos interesses da cidade e dos munícipes.
Pois nem Mendes nem Carmona sabem o que é elevar as suas cidades ao nível dos maiores centros urbanos mundiais. Nenhum deles sabe o que é desenvolver políticas de atracção de investimento económico que traga mais valias para a Capital. Eles só conhecem as suas agendinhas pessoais e parece que tratam por tu as respectivas ambições pessoais.