Lisboa e o Aborto: o "mendismo" na autarquia e a a posição de D. Policarpo
A posição de D. José POlicarpo naquela enfadonha entrevista à RTP1
Antes de mais quero declarar que adormeci três vezes a ver o anafadinho D. Policardo debitando lugares comuns, sem memória, trapalhão, redundante, esquecido, amplamente banal tentando fazer a quadratura do círculo. Tentou fazer o pleno em matéria de Aborto: Sim, Não, Talvez, ou seja, o Nim. Policarpo foi para a mesa com Judite de Sousa animado duma só ideia: não apartar a Igreja daqueles milhares que são pelo SIM ao Aborto só para não perder votos e fiéis no rebanho geral da Igreja. Não quis desgradar, por isso fez aquele contorcionismo em que a Igreja é milenarmente cínica e sabuja, dizendo que o Aborto é um recuo civilizacional mas, por outro lado, que é visível na sociedade portuguesa milhares de apoios ao Sim. Mas cínica e até hipócrita foi aquela passagem em que disse que a Igreja não se envolveria directamente na campanha, e talvez por isso o Papa-frio e insolente que é este Bento XVI - não venha a Portugal, tal o seu desagrado pela nossa posição maioritária sobre o aborto.
Com a Igreja é assim: quando sabem antecipadamente que a vitória está assegurada o Papa vem ao encontro de Portugal e converte mais umas almas para o rebanho universal, quando os ventos sopram contra o Papa manda dizer ao Policarpo que naquela data o Bento XVI não tem agenda.
Depois uma outra coisa que me chocou e torna a Igreja numa organização velha, decadente, de gente gorda e sem energia que deveria imediatamente ceder o lugar a outros mais competentes e vigorosos: Sua santidade vai fazer 80 anos... E, alegadamente, por essa razão já não tem idade nem energia para viajar... Ora porra para este argumento e mais para o D. Policarpo!!! A Igreja, em inúmeros aspectos ainda é pior do que o Politburo ao tempo da Guerra Fria, em que os dirigentes comunistas tinham uma média de idade na casa dos 70 anos. Isto não é só mau para a Igreja, como é mau para o mundo. Um mundo que pouco ou nada se revê nestes homens, nestas instituições e nas suas ideias decadentes, que parecem apontar para a sua barriguinha gorda e pançuda. Já não é só o governo português que carece de urgentes reformas, mas também o Estado do Vaticano.
Ainda alguém um dia me haverá de explicar porque razão os padres ficam todos com aquela pança... Há quem diga que não é só das gorduras que ingerem...
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