segunda-feira

O gosto pelo segredo, pelo dinheiro e pelo poder: uma troika de abortos

Ainda pensei que o Jumento, autor da foto, poupasse o Mozart e evocasse o Stradivarius, dado que o sr. Macedo procura tocar vários instrumentos ao mesmo tempo. Neste encontro de Dg do fisco pouco ou nada há a sinalizar a não ser o ritual grotesco, pois em vez de encomendar mais uma acção de graças resolveu assumir a coisa de forma mais laica, fora dos portões da Sé e mais afastada da Igreja. Mas é bom não esquecer que a Opus Dei é uma igreja dentro da Igreja (detestada por esta), e os seus filhos - de que Macedo é apenas uma semente-joguete nas mãos de Jardim Gonçalves e de Paulo Teixeira Pito, foi levado a fazer os votos de pobreza, castidade e, mais importante, de obediência, por isso é que nunca fala. Há também quem assevere que ele nunca soube falar. É assim que a Opus está condicionando a sociedade lusa, por via do culto pelo segredo, pelo controlo rigoroso por parte daqueles superiores - que para agravar a situação viram a OPA do bcp ao BPI gorada - o gosto pelo dinheiro e por um certo conluio com o mundo da finança e do poder. Eis a sua cosmovisão.
Quem privou com o fundador da Opus Dei sabe bem como agressivo e violento era José Maria Balaguer e, acima de tudo, prepotente e autoritário. Vejamos umas breves palavras que Balaguer disse à sua secretária quando a despediu, sinalizadoras do seu carácter, por sinal palavras quase parecidas com as que Álvaro Cunhal disse a Zita seabra - hoje no psd - antes de abandonar o pcp, o partido mais estalinista e retrógrado da Europa e arredores:

"Se falares a alguém do Opus Dei, eu, Josemaría Escrivá de Balaguer, que tenho a imprensa do mundo inteiro nas mãos, vou desonrar-te perante os homens e a família. Tu és uma mulher pérfida, completamente corrupta, má, indecente... Puta, porca".

Creio que Cunhal não foi tão longe, mas asseverou a esta comunista hoje travestida de psd a assessorar MMendes, que se ela abandonasse o pcp ele - Cunhal - tudo faria para que ela nunca mais fosse ninguém fora do partido. Lembro-me de ter visto estas declarações de dona Zita a um programa de Herman José, no meio daquela gente inqualificável que ele convida para os seus programas manhosos.