A mentira na política: Uma alegada carta de Durão aos Tugas...
Não faço intenções nenhumas de Vos dizer a verdade, aliás, vocês lembram-se em como cozinhei a minha saída do governo da Capital, entreguei as chaves do governo ao destituído do sLopes (a quem apelidei de Gabriel Alves e Zandinga) e a forma como convenci o lorpa do Sampaio, o fosquinhas de Belém. O tal que antes de dar um passo tinha de perguntar à Mizé Rita onde estava o chão para saber se o piso era firme. Sempre trabalhei no meu interesse próprio, sempre fui muito ambicioso e ganancioso, eu queria era ir para a Europa e tirar partido do meu francês que aperfeiçoei quando a VW me pagou um bolsa de estudo que depois paguei comprando carros da marca quando ocupei as Necessidades. Nunca fui sincero, aliás, sempre detestei a sinceridade em política, que é, de resto, coisa que não existe. Muito menos na Europa, que é para onde conflui toda a hipocrisia dos Estados-nacionais do Velho Continente - plataforma dos antigos Impérios coloniais. Sempre fui táctico, nada mais faço em Bruxelas senão isso mesmo. Faço conjecturas, como couves de Bruxelas, mando a mulher às compras para estar entretida com algo que a possa interessar e não me chatear muito. No fundo, apenas pretendo fazer bons negócios aqui de Bruxelas, é para isso que a política serve, atender a fins pessoais e particulares, o bem comum de Aristóteles que se lixe. A construção duma Europa igual para todos - em que todos tenham igualdade de oportunidades e ninguém sofra a exclusão é a maior tanga do mundo, de que só os tansos dos países pobres e latinos acreditam. Depois, um mandato passa depressa, temos de aproveitar rapidamente a influência e o poder que temos para contrair as nossas redes de amizade e tirar partido delas: seja num convite para amanhã integrar um Conselho de Administração duma instituição económica que pague bem, seja quem sabe, para substituir o Paulo Macedo na DgCi. Afinal, foi para isso que sempre lutei. Em Lisboa e em Bruxelas, embora agora o faça mais pela Europa... Digo daqui aos tugas que me escutam que só regressarei a Portugal se Sócrates me convidar para ocupar o lugar do Paulo Macedo, também conhecido pelo Paulinho das Missas. Assim, não sentiria o peso da diferença de ordenado. Afinal, foi sempre em nome desses valores por que sempre me bati... Será em nome deles que morrerei.
Vosso
Zé Manel.
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