terça-feira

Uma boa notícia para o mundo: Fidel Castro tem os dias contados

Fidel em «estado muito grave», diz «El Pais»
Una decisión crucial y difícil (link) Dos cirujanos y un especialista en medicina interna consultados por este periódico consideran que la primera operación que sufrió Fidel Castro, la unión entre el recto y el colon transverso para eliminar la zona con diverticulitis (la inflamación de bolsas anormales en el intestino) no es aconsejable cuando el enfermo tiene inflamación del peritoneo, la membrana que rodea a todos los órganos abdominales.
Obs. Macroscópicas
Na prática, isto significa que Castro tem os dias contados. Dias, horas... A ter de morrer será, por ironia da história, por força soberana do seu intestino grosso e das complicações conexas com o recto - obrigando os cirurgiões áquele trabalho sujo de colocarem no homem um anús artificial. E agora o homem tem problemas de cicratização.
Bom, só por aqui consegue imaginar-se o mau cheiro que tresanda por aquele Hospital, depois de meio século de ditadura e de opressão a todo um povo bondoso que agora terá de se saber conviver com a Justiça e a Liberdade, o que será mais um drama para aquela gente obediente e adestrada pelo ditador que, por certo, levará bem mais de uma década a saber lidar com a situação emergente - uma vez instituída a verdadeira democracia pluralista e o Estado de direito que, em rigor, Cuba nunca conheceu.
Para dar um ar mais artístico ao ambiente fúnebre que já se começa a desenhar sugeria aqui duas notas:
  • A Zaramago que escrevesse as Memórias ou mesmo a Biografia do ditador, já que foram amigos e comungam dos mesmos preceitos e cosmovisão;
  • E a Pedro Almodóvar que o transponha para o Cinema - quiça até com base no testemunho escrito e biografado pelo Nóbel português que vive em Espanha. Seria tudo muito latino, portanto...

Não temos quaisquer dúvidas que assim seria, em simultâneo, uma morte em grande: biografada e cinematografada. Os proveitos financeiros de ambas as iniciativas poderiam reverter - não para os cofres do PC Cubano (entretanto desmantelado) - mas para a instituição de bolsas de estudo ou mesmo para a criação de uma Fundação Democracia Pluralista e Estado de Direito que pudesse finaciar e monitorizar estudos democráticos no âmbito das Ciências Sociais e Humanas.

Para que a ditadura não regresse e também para que a História - ela própria - tenha memória - e não seja apagada por mais um ditadorzeco que irá morrer por força do intest. grosso.

A história por vezes é fatalmente irónica com as pessoas...Com "certas" pessoas!!! Existem tantas formas de morrer, mas a História (com "H" grande) foi logo escolher a via mais caricata por que alguém pode definhar...

A ideia do livro e do filme - irmanando Zaramago e Pedro Almodóvar - são os modestos contributos do Macro para a criação de um clima político, intelectual, cultural e até artístico (dado que aquele povo é essencialmente artístico, embora não tenha dinheiro nem pincéis) para a montagem dessa novel Democracia Pluralista a emergir no backyard da República Imperial.