segunda-feira

Gestão & Planeamento Estratégico da Europa

Entre Jan. de 2007 e Julho de 2008 três presidências desfilam pela presidência da UE: Alemanha, Portugal e Eslovénia. Entre estes três países parece existir um programa conjunto em matéria de prevenção de segurança. Entretanto, a Bulgária e a Roménia passaram a integrar a partir de hoje a UE, o que implica mais coordenação e cooperação na área da segurança, sendo que a vigilância nessas fronteiras externas passará a fazer-se com acuidade a fim de evitar imigração ilegal e com tudo o que de negativo resulte para a sociedades europeias já integradas no clube.
O que supõe o reforço institucional do FRONTEX, a Agência Europeia de Gestão das Fronteiras Externas, agora abertas a mais dois Estados membros e, por extensão, consequente integração no respectivo Sistema de Informações Schengen (SIS) da UE. Muito do sucesso de prevenção à criminalidade na sociedade europeia passará por aqui, daí a importância do seu reforço entre os ministros da Administração Interna dos países membros da UE. Assim, a polícia europeia poderá mais fácil e rápidamente perseguir pessoas suspeitas ou mesmo procuradas por roubos ou qualquer outro tipo de crimes no seio do espaço da UE. Será mais um desafio colocado pela globalização - do crime - com que as autoridades terão de saber lidar, dentro e fora dos aeroportos, dentro e fora da net e em todos os pontos onde a possibilidade dos crimes possam ocorrer sem deixar rasto, como é a pedofilia via net.
E neste quadro que Alemanha, Portugal e Eslovénia terão de trabalhar: prevenção à criminalidade transfronteiriça revogorando as instituições da UE, desgdamente a EUROPOL, o Serviço europeu de política. Que hohe temd e lidar com crimes de dificil gestão, como a criminalidade infantil desenvolvida na net; a criminalidade gerada no seio dos hooligans infiltrados nas claques de futebol, tráfico de carne humana para efeitos de prostituição, ou simplesmente imigração ilegal para trabalhar na construção civil que conduz a sérios problemas de integração social e até de segregação no interior das sociedades europeias. E pode amplificar as suas consequências quando a origem das pessoas imigradas vêm de espaços culturais com outra matriz religiosa e outra cosmovisão.
França já deu um sinal à Europa desse perigo, a Alemanha também não é um exemplo de integração, talvez por isso esses dois países, que até têm uma história de guerra entre si, vejam agora a maior utlidade em institucionalizar órgãos ou conselho e de representação que sirvam de interface com as comunidades islâmicas que aí vivem e trabalham. E possam realizar conferências, cursos e todo o género de actividade e de diálogo entre as culturas hospedeiras e as culturas imigrantes que demandam melhores condições de vida.
Se este programa conjunto da Alemanha, Portugal e Eslovénia conseguir por de pé este diálogo e intitucionalizá-lo ao nível da Europa - realizando uma grande conferência de integração intercultural, estaremos todos a dar um passo de gigante no sentido da pacificação entre culturas e entre religiões que, afinal, precisam todas umas das outras para empreenderem os respectivos projectos de sociedade. Tudo dependerá da forma como se utilizarem estes 18 meses - que já começaram e à forma como os poderes da UE (mormente ao nível da Administração Interna) conseguir concertar posições, estabelecer metas comuns, definir agendas com vista à tal protecção da nova fronteira externa da UE.
Será esse o papel prospectivo e antecipativo das presidências da UE no decurso destes 18 meses. Basta que para tal a reflexão estratégica seja prévia à acção e ponha em evidência as ameaças e oportunidades que a envolvente estratégica futura tende a ocultar.