Quando a arte se mistura com a arte temos muita Arte
É ponto adquirido que este blog é uma manta de retalhos (propositadamente), como há dias um amigo nos referiu numa mini-conferência, entre bolachinhas e martinis. Fazemo-lo por razões egoísticas, já que a imaginação é essa biografia das relações da vida em sociedade que acada momente nos pode surpreender. Mas que estrutura uma sociedade pode ter (aqui) quando ela é composta só por mulheres?
Poderá haver transformação ou mudança numa sociedade que não diversifica, que não se renova, que não se correlaciona na ordem social? Dentro dela ficamos sem saber qual o seu sentido estratégico... Só sabemos que circulam, podem não progredir. Afinal, que variedade de mulheres predominam na nossa sociedade? E de que forma são seleccionadas, formadas, dirigidas e reprimidas. São (também) estas questões que nos desafiam a imaginação sociológica, entendendo por tal a capacidade de passar duma perspectiva a outra - da psicologia, à dieta e aos cuidados de pele e de saúde em geral, da política externa aos preços do petróleo, da Sida à análise do OGE, da teologia às questões geopolíticas, e destas ao ballet contemporâneo que a Fundação C. Gulbenkian parece não mais apoiar.
Olho para estas bonitas mulheres e penso na necessidade de conhecer o sentido para que marcham os ponteiros do relógio, no fundo, perceber em que medida é que os aspectos mais íntimos das pessoas podem influir no tal sentido geral e histórico do homem em sociedade. Muito embora estas imagens - mais do que uma racionalização para o espírito - são bem capazes de funcionar mais como uma perturbação pessoal.
Em suma: ter esta consciência social é procurar a tal configuração que manda no sistema, é ser capaz de identificar as ligações entre seres da mesma natureza em ambientes de escala maior. Analisar estas mulheres é analisar o poder. E fazer ambas as coisas é possuir a tal imaginação sociológica. Para desenjoar...
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