O valor da poesia: autoscopia poética

Nunca tivemos o mínimo jeito para esgalhar poesia, criá-la debaixo para cima, de cima para baixo e para os lados. Há quem diga que o seu único benefício é o da dúvida. Enquanto que a prosa corre, a poesia voa. Para muitos de nós, o nosso primeiro poema resultou do primeiro beijo, dum doce engano, dessa forma que a cabeça encontrou para fazer uns versos, enquanto o coração burila a poesia. Desta feita a poesia revela-se um excepcional meio de comunicação, quase que por adivinha, invenção ao passo que os cientistas têm de descobrir as leis por outras vias. Não é por aqui irmos deformando a verdade dos factos que nos consideramos poetas, mas vamos falando com eles, o que já é um bom começo. Depois há aqueles que consideram a poesia uma beleza inútil; outros que a inscrevem na antítese da desolação; e outros ainda, como no nosso caso, que julgam que mais vale ser um mau poeta do que não ser poeta nenhum... Tenham paciência!!

<< Home