A política (orçamental) e o show of da Pen-drive

Eu a pensar que o ministro das Financas (sem "ç") não dominava as TIC mas enganei-me rotundamente. Bastou vê-lo no Verão com as suas mãos sapudas tocando no "clítoris" do seu portátil enquanto revelava embevecido à nação a lista dos devedores ao fisco. Cabe agora perguntar ao tecnocrata dos Santos se também já publicitou a lista dos credores do Estado? Bom estes, devem ser tantos que não cabem na Pen-drive..

A complementar este perfeito domínio das TIC bastou ver à pouco as imagens do telejornal em que o dito ministro das Financas oferecia a Jaime Gama (que nunca foi a África por detestar moscas e nem deve imaginar o que é a "@" quanto mais dispositivos sofisticados) nada mais nada menos do que uma Pen-drive que contém as grandes opções do OGE para 2007.

Formidável!!! como é que tanta conta, tanto Pib, tanta transação corrente, tanta despesa, tanto assessor pago a peso d'oiro para não fazer puto está alí concentrado na Pen-drive (!!??), mais parece uma daquelas Parkers gordas e bojudas que fizeram carreira nas montras das lojas da especialidade na década de 70 do séc. XX.

Foi aí que percebi o estalo de luva-branca que este ministro das Financas - Teixeira dos Santos - deu à ex-madrinha de a. Preto (a Manela Ferreira Lete) - o homem da mala parda que ajudou a descredibilizar este PsD (apesar de ter pago as quotas aos militantes que disso nem sequer sabiam). Um estalo que visou sinalizar a mudança de paradigma tecnológico na utilização da tecnologia em menos de 18 meses. É que manela Ferreira Lete entregava o OGE de durão em Cds manhosos comprados na feira do Relógio aos chineses, Teixeira dos Santos é mais fino e compacta o OGE numa Pen-drive comprada na Fnac do Colombo do engº Belmiro.

Isto parece que não é relevante, mas revela uma grande revolução, já que a tecnologia da informação permite miniaturizar os equipamentos e dotá-los de capacidades de tratamento rápido da informação, permitindo a sua integração em redes que, por seu turno, são um desenvolvimento tecnológico que abre a opotunidade de uma reformulação em profundidade dos formatos organizativos tradicionais da administração pública portuguesa.

Talvez tenha sido isso que Teixeira dos Santos tenha querido evidenciar com o show-of da Pen-drive junto de Jaime Gama, que ainda hoje deve confundir um monitor de 19 pol. com uma panela de enchidos açoreana vista por trás. E com tanto Hi-tech até me atrevo a pensar que foi Teixeira dos Santos que esteve por trás da invenção do sistema Windows que desactualizou definitivamente o velhinho sistema Dos que é um inferno labiríntico. E burilou a acção da Google para adquirir a You Tube... Com um bocadinho de jeito também dirão que descobriu o caminho marítimo para a Índia.

Pena é que a a substância da governação nas esfera da Saúde, da Educação, do Emprego, da Segurança Social não se traduza em correspondentes desenvolvimentos tecnológicos que nos mostrem como os portugueses já saíram da fase do carvão da Idade Industrial para passarem a especializar-se em campos e narrativas digitais que lhes permitam trabalhar menos, produzir mais e, assim, flexibilizar as suas vidas em redes de cooperação onde os horários sejam determinados pelas necessidade das redes e não pela imposição da crise e da recessão que assola Portugal à meia dúzia de anos. Uma crise gerada pelo sr. durão barroso, e agravada por ele quando resolveu trair Portugal a troco dum prato de lentilhas chamado Comissão Europeia.

Será que barroso sabe a diferença entre um CD e uma Pen-drive!? Ou dirá que esta é o novo supositório que a Europa precisará para sair da crise...

Picada in Jumento