segunda-feira

Globalização Feliz..., segundo M. Yunus

Notas Macroscópicas
O desafio do nosso tempo está em conseguir harmonizar os vectores de risco, dominação, competição e capitalização com os vectores segurança, protecção, equilíbrios e distribuição. Só conciliando estes dois pares dicotómicos, regra geral antagónicos no miolo das sociedades, é que se pode almejar a crescer e a modernizar as sociedades da Europa e do mundo sem perda de eficácia dos dispositivos de crescimento rápido que garantiram o desenvolvimento económico e social no post-II Guerra Mundial. Pelas imagens vê-se que Yunus tem uma vontade inexcedível de fazer omeletes sem ovos... E está conseguindo. Há 26 anos que o faz e só agora os "grunhos" que representam Alfred Nobel se aperceberam disso. Talvez não fosse despeciendo avaliar os avaliadores que atribuem os referidos prémios e nobilizam uns em detrimento doutros, estou certo que se descobriria por lá muito reino podre da Dinamarca sob a capa de grandes avaliólogos entre muitos outros Ornitorrincos que escapam ao molde. Ainda me lembro quando Zaramago foi nobilizado, e para tráz ficaram Vergílio Ferreira, Agustina, Lobo Antunes e alguns outros que sabem pensar e escrever. Nesse dia caí da cadeira e desloquei a omoplata. Hoje o "carpinteiro da narrativa" que temos consegue ser o único nóbel no mundo que vive no estrangeiro. E quando as autoridades da cultura de Portugal convocam o sujeito para dar o seu contributo ao fomento e/ou valorização da leitura e cultura nacionais, o tipo só sabe falar em "bexigas e em fatalidades". Palavras que escolheu para definir a sua alma, traços da sua personalidade. Sugerimos aqui ao Secretariado do Prémio Nobel da Literatura que lhe peçam o título de volta e o devolvam a quem de direito, com a justificação de que nesse dia o júri além de limitado e parvo estava colectivamente embriagado. Coisa de que não me admiraria nada... Zaramago não devia ter a nacionalidade portuguesa: de iure e de facto. Em em ceros casos, por afirmações que fez, até ser considerado persona non grata. Mas se não fosse Portugal, quem o aceitaria... Seria suposto que um nóbel, qualquer que ele fosse (economia, física, medicina, pax) não envergonhasse o país que representa. Só de pensar que foi Durão que o chamou a S. Bento em 2001 para comerem pastelinhos de bacalhau e beberem jirupiga para depois o ingrato declarar o que declara. Há certos sujeitos que só se preocupam com uma coisa: os seus royalties, que é como quem diz: o vil metal que trazem nos bolsos. Mas foi curioso este reencontro entre um maoista e um comunista nas margens do caixote do lixo da História. Isto para um comunista (que saneava jornalistas no DN no Verão quente de 74), que defende a cada um segundo as suas necessidades, não deixa de ser uma heresia. Do tamanho do prémio (que injustamente) recebeu. A história, em certos casos, deveria ser retocada, noutros completamente revista. E noutros ainda, absolutamente esquecida. Zaramago, durão e a liderança desta Europa são apenas sinais degenerativos duma doença mais funda que anda por aí a minar múltiplos alicerces da civilização Ocidental que um dia criou o Euromundo à sombra da Era gâmica...

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