segunda-feira

Newsletter do SneSup: o acordo com o MIT

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Nota prévia do Macroscópio:
Uma análise interessante sobre o acordo do Estado Português com o famoso MIT feita pela Newsletter do Snesup (N.º 44). Só faltou dizer ao ministro Mariano Gago que tem de governar menos para os grandes números e passar a governar mais para as pessoas, como se dizia ao tempo da (paixão) de Guterres. Como sabemos que Mariano Gago é um homem profundamente humanista, além de cientista e docente (e ex-investigador), deixamos aqui esta nota de atenção na expectativa de que ele a leve mais a sério.
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"Não é razoável que uma pessoa com uma qualificação superior e que tenha sido durante vários anos docente do ensino superior, só porque a escola onde está a trabalhar neste momento não tem estudantes, fique no desemprego".

Mariano Gago 31-7-2006
in Newsletter do Sindicato Nacional do Ensino Superior InfoSNESup Número 44 – Outubro de 2006 - 1ª Quinzena
ESTADO PORTUGUÊS CELEBRA ACORDO COM O MIT
O SNEsup esteve presente na cerimónia de apresentação pública que decorreu no dia 11 de Outubro, no Centro Cultural de Belém, para apresentação do Programa MIT – Portugal. O programa, assente numa parceria entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Estado português, visa apostar na cooperação científica, promovendo a capacidade de investigação e a formação avançada em Portugal. O acordo de parceria contempla a área de engenharia, supervisionada pela Engineering Systems Division do MIT, e a área da gestão, coordenada pela Sloan School of Management do MIT. Neste acordo de parceria participam as universidades de Coimbra, Lisboa, Minho, Nova de Lisboa e Porto, assim como o Instituto Superior de Economia e Gestão e o Instituto Superior Técnico. Num ano em que aumenta o número de alunos que ingressam no ensino superior público, que aumenta igualmente (em 60%) o orçamento para a Ciência, que se anuncia uma percentagem de 37% dos fundos do próximo QCA consagrada à educação e à ciência, mas em que todas as universidades assistiram a uma redução significativa do financiamento público, o presente acordo pode representar a consumação da tendência que temos vindo a referenciar. A crescente corrosão da universidade pública e a concentração do financiamento nas unidades de investigação, o reforço de instituições especializadas na formação avançada e vocacionadas para a internacionalização em detrimento das universidades (cada vez mais orientadas para formar a mais baixo custo uma massa de diplomados), estão em curso.