Ondas de choque pseudo-religioso: uma troika de esperanças

No post de baixo analisámos as falácias do radicais islâmicos que não sabem como gerar confusão, conflitos e guerras e então recorreram aquele expediente interpretativo para gerar ondas de choque entre os dois mundos: o Ocidente cristão e o mundo islâmico mais fanático que vive para o conflito, alimentando-se dele. Mas este problema abarca uma realidade maior, e porquê? A 1ª esperança (iludida) dos europeus é a de que podem postular a inexistência dum inimigo. Sucede, porém, que mesmo que nenhum inimigo se declare interessado em instabilizar o miolo das sociedades europeias (a América sim, embora isto se tenha tornado relativo nos últimos anos..), estas têm no seu seio as forças e os mecanismos da destruição, já que essas comunidades vivem entre nós, e alguns deles convertem-se a esse voluntarismo da morte para assim provocar danos no Ocidente
. Uma 2ª esperança dos europeus (também iludida) - e que o sr. Barroso nunca percebeu (aliás, ele não percebe de nada, embora tenha uma vaga ideia sobre tudo, é como aqueles farmacêuticos: um especialista em generalidades) é a de que podem ficar imunes a uma crise económica americana, ignorando que a dinâmica (regressiva) da globalização competitiva gera uma unificação das condições de acção, ao mesmo tempo que os fluxos de informação e dos capitais se transferem rapidamente - denunciando nesses movimentos aquelas ondas de crise que também são potenciados pelos fanatismos pseudo-religiosos de parte da população islâmica que escolheu o método da morte como regra de vida, como alguns fizeram truncando propositadamente as declarações do Papa. A 3ª esperança - também ela iludida - é a que consiste em pensar que a integração dessas comunidades islâmicas e de árabes no miolo das sociedades ocidentais - com as suas diversas e contraditórias expectativas, hábitos, culturas e padrões de vida, podem integrar-se sem alterar os respectivos sistemas políticos nacionais. Provavelmente, é aqui que o trabalho de António Vitorino se irá, a prazo, revelar de grande valia para Portugal e também para o conjunto das sociedades europeias. Enfim, nem tudo é mau em Portugal, apesar de tudo. We shall see.

<< Home