segunda-feira

Mais um "Dan Brown" na forja. Ou talvez um "S. Bento em Cuecas..."

Quando vejo, pressinto ou me dizem que Santana Lopes voltou a rondar por aí ou não acredito ou solto um suspiro, para não dizer outra coisa. Agora parece que deu as mãos a zita Seabra - que rico exemplo!! (o capital e a desgraça por vezes dão as mãos num sinal de caridade social-democrata-marxista-convertida-ao-neoliberalismo-editorial-do-consenso-de-Washington) a fim de lançar um "grande-grande" projecto editorial: Voilá - o livro de memórias de S. Lopes. Ora, em nosso modesto entender escrevem-se memórias quando o seu autor teve uma vida pessoal e política excepcional, cruzada por acontecimentos verdadeiramente enriquecedores em factos sociais, políticos e culturais de valor histórico relevantes para o país, ou então trata-se duma extraordinária obra literária de valia cultural capaz de integrar uma antologia que pode dar um forte impulso às ideias sociais e políticas que, de algum modo, enriquece o zeitgeist intelectual, moral e cultural duma dada época. Ora quando se olha para Santana Lopes vê-se tudo menos aquele zeitgeist. O que se encontra é uma desgraça (pegada). Pergunto-me se Zita seabra se apaixonou pelo autor ou quer ter um rotundo prejuízo financeiro com essa edição. É que, em rigor, a vida do ex-PM conta-se em meia página numa revista jet-lag. Meter isso num livro será demasiado pretensioso, tal como o foi ser PM não eleito. De facto, S. Lopes continua a surpreender pela negativa, já que - por regra - cada um de nós compete por algo, contra (ou com) alguém, mas ele parece querer farpear os seus próprios fantasmas do passado. Então não seria melhor (e mais barato) S.Lopes agarrar no telefone e marcar uma consulta no divã do psicanalista. Porra, a Av. do Brasil fica logo alí, entre o aeroporto e o Estádio José Alvalade...
  • PS: Portugal continua a ser um país fascinante, a realidade ultrapassa em muito a ficção. E o Macroscópio até já alvitrou um "titalo" para esse tal livro de memórias, vejam-se algumas pistas:
- S. Bento em Cuecas
- Funga-gá-gá da Bicharada
- Ó Zita se der para o torto pagas tu
- Uma manhã abrasiva na Ajuda: ó Ilda onde estão os papéis
- Maldito Lexotan
- Chapitô em S. Bento
- S. Bento no Chapitô
- Alta traição: Henrique, o ganadeiro
- Um misto de Zandinga com Gabriel Alves (com prefácio de Durão Barroso e post-fácio de Jeremias Chitunga e Dona Quitéria Barbuda, a confirmar..)
  • - Lançamento da obra: no "pugrama" Pósinhos & Contras - com uma plateia do meio "futebolítico" + jet-set (Valentim e Madaíl confirmam presenças). Dona Fátima assegura a quermesse, porque se o book não se vender - vendem-se as rifas à plateia. Com um bocado de sorte ainda se consegue o acesso a uma visita guiada à Feira Popular (qual?, onde?) e ao Túnel do Marquês (excelente buraco). Por falar em buracos: Carmona é o cicerone - em parceria com a inefável dona Fátima. Os lucros, se os houver, revertem para a Associação dos Amigos do Copo's-nigth-long da kapital. Os prejuízos - são da Berrrrtrand. Agora, esperemos que não os metam nas contas de campanha do PsD. Não estou a ver M.Mendes a embarcar nisso... Nem sequer a ir ao lançamento!!! Deve enviar emissário: esperemos que não seja o da "mala negra", senão o prejuízo avulta e o score eleitoral do partido desce para os níveis do BE ou mesmo do PND (de M.Monteiro).

Meus amigos, também isto é Portugal à Beira-mar-sepultado,

Ano VI, do III milénio.