sábado

O sonho na prisão: a Europa no "paraíso"

A Europa sonha na prisão em comprar, quando for libertada, uma cabana no campo e lá viver como filósofo. E por lá pensará estimular-se no prazer da velhice, ao entardecer das recordações. E assim a Europa, com os "exemplos" que colhe da economia e da política, se tornará filosófa na cabana. Porém, um filósofo que ainda mal tinha aprendido a ser filósofo, sem livros nem instrumentos para filosofar - só dispondo dos ares da natureza - reconhece que não é só essa a sua vocação e lembra-se que primeiro que filosofar terá de produzir. Mas não a qualquer preço... Veremos a importância da factura em cabeças partidas made in Paris a propósito do Maio de 68 - versão globalização em Março de 2006. Afinal, a história repete-se, ainda que com outros personagens, máscaras e narrativas. Como poderemos dizer que a estória é parecida se fomos nós que mudámos?!; como poderemos afirmar o paralelismo - mediado com quase 4 décadas de permeio - se alguns de nós nada mudaram!? E a história - ela própria - alinha pela mudança ou joga na continuidade? é revolucionária ou conservadora? Nunca vi a história a queixar-se!!! É sempre o homem que fala por ela, daí a dualidade, a incerteza e a armadilha da subjectividade. Se calhar vivemos no paraíso e só inventamos esta estória para provar que existe um lado negro desse paraíso: a França.