O homem é um grande hijo de puta...
- Por casualidade li há uns dias um trecho de uma entrevista de um escritor espanhol, Arturo Perez-Reverte que parece estar agora na primeira linha dos escritores com grande saída comercial: licenciado em Ciência Política e Jornalismo. Chamou-me a atenção - pelas suas afirmações desassombradas - sobre a avaliação que fazia da verdadeira natureza humana. Deve ser uma "virtude" dos homens com essa formação em ciências políticas e jornalismo - mas que também se aplica lindamente a muitos políticos frustrados que depois compensam as respectivas frustrações vingando-se nos outros, seguindo a boa cadeia hierarquica descendente que se lhes oferece na escola da vida. Ciências políticas, jornalismo..., claro que isto não é nenhuma indirecta para o autor daquela majistral carta (nem uma directa para o visado dela) que um amigo escreve a outro - num puro traço de romantismo realista - ou de realismo romântico em jeito de recuerdo dos tempos em que ambos andavam a jogar à cabra cega(da) na Assembleia da República paga pelos impostos de todos nós. Llega a la tierra un ser de otro planeta, defínale el mundo y lo que somos los humanos. Depredadores y peligrosos. Tan hijos de puta como en su planeta, supongo. El universo no creo que haga muchas distinciones interplanetarias.
Em síntese, o que ele dizia é que, exceptuando alguns casos, o homem é um grande hijo de puta . E eu que não sabia nada disto fiquei deveras admirado. Até passei a crer que os desertos têm areia. Mas depois de ler a carta do jornalista ao ministro fiquei mais "trankilo". E trankilo (me) fiquei...
- Mas não deixei de me surpreender cá por dentro e dizer para os meus botões: coitado do Arturo, anda a precisar de ler o Nicolau e, já agora, também o Tomás Hobbes - Hóbie - para os amigos...
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